O Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no Porto do Itaqui, em São Luís, movimentou 13,5 milhões de toneladas de grãos em 2025. O volume foi embarcado em 202 navios com destino sobretudo à Ásia e à Europa, principais mercados compradores da produção brasileira.
Do total exportado no ano, 11,7 milhões de toneladas corresponderam à soja e 1,8 milhão de toneladas ao milho. A operação atende majoritariamente produtores dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins — região conhecida como Matopiba — além de áreas do Nordeste do Mato Grosso e da Bahia.
Com esse desempenho, o Tegram se posiciona para absorver parte da safra recorde de grãos prevista para o ciclo 2025/26, estimada em 354,8 milhões de toneladas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
A expectativa de crescimento sustenta o projeto da terceira fase de expansão do terminal, que prevê a ampliação da capacidade anual dos atuais 15 milhões de toneladas para cerca de 23,5 milhões.
Em operação há uma década, o Tegram reúne quatro armazéns com capacidade estática total de 500 mil toneladas. O terminal conta ainda com moegas rodoviárias capazes de receber mais de 900 caminhões por dia e duas moegas ferroviárias que descarregam até oito vagões simultaneamente. A estrutura foi implantada em etapas: a primeira, em 2015, com um berço de atracação, e a segunda, concluída em 2020, com a entrada em operação de um segundo berço.
Terceira fase de expansão
A terceira fase de expansão prevê um investimento de R$ 1,161 bilhão para a construção de um terceiro berço de atracação, o que adicionará 8,5 milhões de toneladas à capacidade operacional anual. A ampliação busca atender à demanda crescente das exportações agrícolas e reforçar o Porto do Itaqui como um dos maiores complexos exportadores de grãos do país fora do eixo Sul-Sudeste.
Além de reduzir custos logísticos, a operação do terminal tem impulsionado a produção agrícola no interior do Maranhão e em áreas vizinhas.
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