A Macroex, empresa de comércio exterior com presença na importação de máquinas e equipamentos para a indústria brasileira, decidiu avançar sobre um território até então inexplorado em sua estratégia: o setor ferroviário.
A companhia passa a representar com exclusividade no Brasil os rebocadores Rail King, utilizados em pátios de manobra e operações de apoio, e projeta faturamento de R$ 100 milhões no segmento em três anos. O movimento marca a entrada da empresa em um mercado que combina gargalos estruturais, alta demanda reprimida e uma agenda crescente de investimentos públicos.
A aposta ocorre num momento em que o governo federal prevê oito leilões ferroviários a partir de 2026, com estimativa de R$ 530 bilhões em aportes de longo prazo. Embora o país possua 30 mil quilômetros de malha, apenas um terço encontra-se plenamente operacional — cenário que tem pressionado concessionárias e operadores a buscar eficiência e reduzir custos logísticos, inclusive com soluções de pátio.
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A Macroex pretende ocupar esse espaço com um modelo de negócios baseado em consultoria técnica, estoque nacional e fornecimento rápido, reduzindo o prazo de entrega de componentes críticos, hoje frequentemente superior a 180 dias.
Para isso, utilizará sua estrutura logística em Vitória (ES), onde manterá itens para pronta-entrega, diminuindo a dependência de importações longas e sujeitas a volatilidades cambiais e operacionais.
A estratégia inclui desde rodas e eixos ferroviários até sistemas de frenagem, suspensão, componentes para material rodante e máquinas para oficinas especializadas. Todos seguem certificações UIC, ABNT e AAR — padrão exigido pelas concessionárias e órgãos reguladores.
Hub ferroviário
A companhia enxerga a oportunidade de estruturar um hub ferroviário no país, articulando fornecedores globais e prestando suporte técnico integrado. “Atuamos como parceiros estratégicos, organizando o processo de importação, análise tributária, logística e pós-venda. A estrutura local garante previsibilidade e agilidade”, reforça Aurélio Pretti, diretor-presidente da Macroex.
No centro da estratégia está o Rail King, rebocador que se posiciona como alternativa mais eficiente e econômica às locomotivas tradicionais para manobras. A frota oferecida ao mercado brasileiro tem cinco modelos — três com cabine lateral, com esforço de tração de até 21 toneladas-força, e dois com cabine integral, chegando a 41 toneladas-força.
Os equipamentos operam tanto em via férrea quanto em asfaltamento interno, têm design com alta visibilidade e priorizam segurança e ergonomia. A fabricante destaca emissões ultra reduzidas e um consumo de combustível equivalente a apenas 10% do necessário para iniciar o movimento de uma locomotiva. Chassi reforçado, proteção anticorrosiva e resistência à umidade completam o pacote destinado a operações intensivas.
Para Pretti, o setor ferroviário é estratégico para a diversificação da Macroex e para a ampliação de sua presença em infraestrutura. “Acreditamos no potencial logístico do Brasil e queremos contribuir com a modernização da malha ferroviária, entregando mais tecnologia, segurança e previsibilidade às concessionárias”, afirma.
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