A Vibra encerra 2025 com uma inflexão considerada estratégica para o setor de combustíveis. Após anos pressionada por um ambiente regulatório instável, a companhia — líder no mercado brasileiro — apresentou nesta terça-feira (9), durante o Vibra Investor Day, uma combinação de resultados operacionais e diretrizes que consolidam sua recuperação e pavimentam um novo ciclo de expansão até 2030.
Segundo o CEO Ernesto Pousada, 2025 marca a virada definitiva. A empresa retomou participação de mercado, ampliou a base de clientes, acelerou volumes de vendas e registrou embandeiramento recorde. “Voltamos a crescer no core, recuperamos market share de forma definitiva, geramos caixa em nível recorde e entramos em um ciclo de crescimento com disciplina e foco no cliente”, afirmou.
Com maior previsibilidade regulatória — reforçada por medidas como monofasia do etanol, solidariedade tributária e sanções a agentes irregulares —, a Vibra entra em 2026 com um plano assentado em cinco frentes: liderança em postos, expansão do B2B, aumento da capacidade logística, fortalecimento do negócio de lubrificantes e avanço em energia renovável.
A empresa inaugurou 357 novos postos em 2025, o melhor desempenho em cinco anos. A força da marca Petrobras e a evolução do ecossistema de varejo — BR Mania, Premmia e Lubrax+ — reforçaram a fidelização. A estratégia para 2026 inclui ampliar canais digitais, acelerar o embandeiramento e aprimorar a eficiência logística
Crescimento no B2B
A base de clientes avançou 5% e o cross-sell cresceu 14%, com maior venda de produtos de margem superior. A Vibra também ampliou operações no agronegócio e incorporou inteligência artificial ao pricing. Para 2026, o foco será reforçar soluções premium e ingressar no mercado de gás natural.
A companhia reduziu R$ 350 milhões em fretes ao otimizar rotas e ampliar o uso de modais alternativos. Para o próximo ano, a prioridade é monetizar ativos, ajustar bases pouco produtivas e ampliar a competitividade na originação de etanol.
Lubrificantes em expansão
A Lubrax registrou crescimento de 11% em volume e atingiu recorde trimestral no terceiro trimestre, com 81 mil m³ vendidos. A Vibra prepara uma unidade de negócios dedicada ao segmento, mirando o mercado latino-americano.
A Comerc, braço de energia renovável, mantém guidance de R$ 1,05 bilhão a R$ 1,15 bilhão de EBITDA em 2025, apesar do impacto do curtailment. A estratégia para 2026 envolve ampliar sinergias, elevar geração de caixa e expandir as frentes de geração distribuída, baterias e eficiência energética.
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