América Latina já representa 15% das vendas globais da Stellantis

Brasil e Argentina lideram o avanço regional, apoiado por expansão industrial, inovação local e domínio em segmentos estratégicos

Valeria Bursztein

A Stellantis deve elevar o peso estratégico da América do Sul em seu mapa global de negócios em 2025. A região, puxada pelo desempenho robusto de Brasil e Argentina, deve representar cerca de 15% das vendas mundiais do grupo, segundo executivos da companhia. O avanço ocorre em um momento de expansão industrial, renovação de portfólio e fortalecimento da engenharia local.

No Brasil, principal mercado da Stellantis na região, o grupo encerra o ano com 671 mil unidades vendidas, das quais 76% foram desenvolvidas localmente. A integração com centros de engenharia internacionais permanece relevante: 94% dos projetos contam com colaboração global, reforçando o caráter multinacional do desenvolvimento de produtos.

Na América do Sul como um todo, a Stellantis mantém posição de liderança com 906 mil veículos vendidos e 22,8% de participação de mercado. O grupo aparece em primeiro lugar em dois dos maiores mercados da região: 29,4% de market share no Brasil e 21,1% na Argentina. Também ocupa a liderança em outro mercado regional relevante e mantém a vice-liderança no Chile, com 10,7%.

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Veículos de trabalho

Entre os modelos, a Stellantis reafirma sua força especialmente nos segmentos de maior volume. A Fiat Strada segue como o veículo mais vendido do Brasil, enquanto o grupo domina o mercado sul-americano de veículos de trabalho: 48% de participação em comerciais leves e 38% no segmento de vans.

O desempenho comercial é sustentado por uma das maiores estruturas industriais do setor no continente. No Brasil, a Stellantis opera três plantas automotivas apoiadas por uma rede de mais de 1.200 fornecedores, sendo a empresa com maior presença industrial do país. A operação mobiliza 35 mil empregos diretos e mais de 120 mil indiretos, além de manter o maior índice de nacionalização da indústria automotiva brasileira.

As fábricas vivem um ciclo de expansão. Em Betim (MG), que celebra 50 anos, a modernização avança. Em Porto Real (RJ), a produção ganha segundo turno e incorpora o Jeep Avenger. Já Goiana (PE) será responsável por quatro novos modelos híbridos e pela produção local de veículos da Leapmotor, fortalecendo a estratégia de eletrificação.

Com um plano de R$ 32 bilhões em investimentos até 2030 e quatro plantas distribuídas pela América do Sul, a Stellantis reforça seu papel de destaque na indústria automotiva global, ampliando a capacidade regional de inovação, engenharia e produção — bases que devem sustentar o aumento da relevância sul-americana no total de vendas globais do grupo já a partir de 2025.

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