A melhor marca de caminhão é o novo

Em seu artigo, o CEO da Buzin enfatiza que é necessário dialogar com todas as marcas, sem exceção, e identificar qual delas se ajusta melhor ao momento da empresa

Leonardo Busin, CEO da Buzin Transportes

Quando o assunto é marca de caminhão, costumo reforçar sempre o mesmo ponto: a melhor marca é o veículo novo. Atualmente, praticamente todas as montadoras entregam produtos de excelente qualidade. O desempenho é similar, a durabilidade também, e a tecnologia avança continuamente em todas elas. Portanto, não existe mais uma marca “imbatível” ou “salvadora da pátria”; existe, sim, a que faz sentido para a operação em determinado momento.

Na minha avaliação, a compra de caminhões envolve negociação, estratégia e timing. É necessário dialogar com todas as marcas, sem exceção, e identificar qual delas se ajusta melhor ao momento da empresa. As condições comerciais variam o tempo todo, e aquilo que é vantajoso hoje pode não ser amanhã. E aqui há um ponto que muitos não compreendem: o fato de eu adquirir uma marca não significa que outra empresa conseguirá exatamente as mesmas condições. Cada negociação é única.

Por isso afirmo que a compra de caminhão é uma questão de momento. O essencial é identificar a hora certa de comprar e de quem comprar. E há outro ponto que enfatizo com frequência: não existe “marca de estimação”. Caminhão não é troféu nem instrumento de exibição no pátio; é ferramenta de trabalho, destinada a uma única finalidade: produzir. Quem adquire um veículo pensando em estética ou idolatria de marca inicia o processo de forma equivocada. O foco deve estar no caixa e no crescimento da empresa.

É claro que as marcas mais conhecidas podem, muitas vezes, oferecer resultados superiores e uma operação mais eficiente — o que, de fato, ocorre em diversos casos. Porém, isso não significa que sempre será assim. Há situações em que uma marca menos evidente no mercado apresenta uma negociação tão vantajosa que o resultado final supera o de uma fabricante mais “renomada”. Rentabilidade não está no logo, e sim no contrato.

Na análise de compra de um caminhão, o preço é apenas um dos elementos. É preciso observar o conjunto: taxa de financiamento, pacotes de manutenção, garantia estendida, telemetria, disponibilidade de peças, prazos de entrega, suporte pós-venda e qualquer outro benefício adicional que impacte diretamente o custo operacional. Há muitos fatores por trás de um número aparentemente simples.

Acima de tudo, é fundamental realizar os próprios cálculos. Não terceirize essa etapa. Não permita que outros façam isso por você. No fim, é você quem pagará as parcelas, operará o caminhão e assumirá o risco caso a conta não feche. Portanto, reúna os números, simule cenários e entenda claramente qual marca e qual proposta trarão o maior resultado para a sua empresa.

No transporte, quem decide baseado em achismos e preferências pessoais tende a pagar mais caro. Quem decide apoiado em números, estratégia e momento é quem cresce.

Sobre o autor
Leonardo Busin é CEO da Buzin Transportes, empresa com 58 anos de atuação e referência em soluções de logística e transporte no Brasil. Com mais de 15 anos de experiência no setor, sua trajetória inclui passagem por diferentes áreas e projetos — da operação à direção — com foco em gestão estratégica, liderança, inovação e melhoria contínua.

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