No início dos anos 90, a ECO-92 anunciava a revolução verde na engenharia automotiva

Na edição nº 338, de maio de 1992, publicada às vésperas da ECO-92 — a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, no Rio de Janeiro —, a revista destacava que a pressão ambiental começava a redefinir o futuro dos caminhões e ônibus

Aline Feltrin

Trinta e três anos antes da COP 30 colocar o Brasil novamente no centro das discussões globais sobre sustentabilidade, a Transporte Moderno já alertava que o setor de transporte seria protagonista das transformações tecnológicas exigidas para conter o impacto ambiental.

Na edição nº 338, de maio de 1992, publicada às vésperas da ECO-92 — a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, no Rio de Janeiro —, a revista destacava que a pressão ambiental começava a redefinir o futuro dos caminhões e ônibus: “o caminhão do futuro será mais leve, ecológico e usará mais eletrônica”, previa a reportagem da seção Tecnologia.

O texto, baseado nas conclusões do VI Simea (simpósio da Associação de Engenharia Automotiva), mostrava que a busca por eficiência energética e redução de emissões já mobilizava engenheiros e fabricantes. A pauta verde incluía a introdução de materiais mais leves — como alumínio, magnésio e resinas com fibra de vidro —, combustíveis alternativos (gás natural, biogás, etanol e metanol) e o desenvolvimento de sistemas eletrônicos de controle de motores, que se tornariam a base dos veículos modernos.

A revista registrava ainda a experiência da Suécia com o chamado “diesel limpo”, cujo teor de enxofre era mil vezes menor que o utilizado no Brasil. O presidente da AEA à época, César de Aguiar, destacava que a verdadeira inovação estaria na eficiência: “A crise do petróleo ensinou a poupar energia, graças a motores mais eficientes e a veículos mais leves.”

Entre as previsões que se confirmariam nos anos seguintes estavam a popularização da eletrônica embarcada — incluindo freios ABS, sistemas de injeção eletrônica e computadores de bordo — e o fortalecimento da agenda ambiental como indutora de inovação.

Hoje, às vésperas da COP 30, o setor volta a viver um momento semelhante ao de 1992: o desafio de reinventar-se diante da urgência climática. Se antes o futuro era o diesel limpo, agora são os caminhões elétricos, a biometanização e a conectividade que ditam o rumo da transição energética.

Mais de três décadas depois, o diagnóstico feito pela Transporte Moderno continua atual: tecnologia e sustentabilidade caminham juntas — e quem se antecipa às mudanças, lidera o transporte do amanhã.

Leia a edição nº 338 de maio de 1992 da Transporte Moderno, que trouxe uma reportagem especial sobre as transformações tecnológicas impulsionadas pela ECO-92, prenunciando a revolução verde que o setor vive hoje às vésperas da COP 30.

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