MRS investe R$ 1,5 bilhão para operar no modal hidroviário

Nova frente multimodal conectará Goiás e São Paulo e promete reduzir em até 71% as emissões de CO₂ no transporte de cargas

Redação

A MRS Logística anunciou a criação da MRS Hidrovias, nova unidade operacional voltada ao transporte multimodal de cargas, com investimentos estimados em R$ 1,5 bilhão ao longo dos próximos anos. A iniciativa marca a entrada da companhia no modal hidroviário e amplia sua atuação para além da malha ferroviária, com foco no aumento do volume transportado de carga geral e no ganho de eficiência logística.

O projeto inclui a aquisição e operação de comboios formados por empurradores e barcaças, além da construção de dois terminais estratégicos: um Terminal Hidro Rodoviário em São Simão (GO) e um Terminal Multimodal em Pederneiras (SP), que integrará hidrovia, ferrovia e rodovia. A nova operação está associada à Hidrovia Tietê-Paraná, rota considerada fundamental para o escoamento de grãos e produtos como soja, farelo, milho e celulose oriundos de Goiás, Mato Grosso do Sul e outras regiões do Centro-Oeste.

Ganhos ambientais e aumento de capacidade

De acordo com a MRS, o uso do modal hidroviário permitirá redução de até 71% nas emissões de CO₂ por tonelada transportada, em comparação ao transporte rodoviário. Os terminais terão capacidade inicial para movimentar 2,3 milhões de toneladas por ano, com possibilidade de expansão para 4 milhões de toneladas.

As instalações contarão com píeres de carga e descarga, armazéns, silos, sistemas de carregamento e novas linhas férreas integradas à malha existente, além de equipamentos de alto desempenho e tecnologias automatizadas de controle e monitoramento ambiental.

O terminal de São Simão, adquirido recentemente pela empresa, passará por adaptações estruturais e operacionais para se integrar plenamente ao modal hidroviário. A inauguração das duas unidades está prevista para o primeiro trimestre de 2027.

Expansão e impacto regional

O corredor São Simão–Pederneiras ampliará a conectividade logística entre o interior do país e o porto de Santos (SP), contribuindo para reduzir custos de transporte e impulsionar o desenvolvimento econômico regional. Durante a fase de obras, o projeto deve gerar cerca de 3,7 mil empregos diretos e indiretos, além de 1,2 mil postos permanentes na operação — um total de 4,9 mil oportunidades de trabalho.

“Mais do que ampliar nossa capacidade de transporte, estamos contribuindo para a eficiência da logística nacional. É um passo para integrar o Brasil por estradas, trilhos e águas, oferecendo soluções completas sob um único operador logístico”, afirma Guilherme Segalla de Mello, presidente da MRS Logística. Ele acrescenta que essa é a primeira fase do projeto, com planos de expansão já em estudo.

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