A fabricante norte-americana de caminhões Paccar demonstrou otimismo com os anúncios recentes da Casa Branca sobre tarifas previstas para caminhões e peças de caminhões importados, apontando que a medida deve reduzir custos para clientes e trazer previsibilidade ao mercado. A informação é do site canadense Truck News.
Em teleconferência com analistas realizada em 21 de outubro, o CEO Preston Feight afirmou que o documento divulgado pelo governo dos Estados Unidos “é útil para articular o plano de ação e explicar por que ele é importante”. No terceiro trimestre, a Paccar registrou lucro líquido de US$ 590 milhões, equivalente a US$ 1,12 por ação, com receita de US$ 6,67 bilhões.
A Casa Branca confirmou que tarifas de 25% sobre caminhões Classes 3 a 8 e peças importadas entrarão em vigor em 1º de novembro. Para veículos que se qualificam para tratamento preferencial sob o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA), o imposto será aplicado apenas sobre o valor do conteúdo não produzido nos EUA.
A Paccar produz mais de 90% de seus caminhões Kenworth e Peterbilt vendidos nos EUA em fábricas no Texas, Ohio e Washington. Segundo Feight, “as tarifas serão benéficas para nossos clientes, pois reduzem custos e trazem clareza ao mercado”.
O executivo prevê que os efeitos das tarifas atinjam o pico no trimestre atual, mas que a incerteza deve diminuir nos próximos meses, especialmente em relação às peças produzidas no México e no Canadá. A fabricante também desenvolve powertrains integrados e produz caminhões na Europa sob a marca DAF.
Perspectiva para o setor de transporte
Feight destacou ainda uma expectativa cautelosa de que o setor de transporte por caminhões possa retomar ciclos normais de substituição de frota. Segmentos como transporte fracionado (less-than-truckload) e vocacional têm se mantido estáveis, mas frotas de transporte de carga completa (truckload) enfrentam desafios há anos e estão se aproximando do momento de renovar equipamentos.
O CFO Brice Poplawski acrescentou que medidas de depreciação acelerada para novos veículos, incluídas na lei recentemente sancionada nos EUA, devem estimular a demanda por caminhões no quarto trimestre.
Quanto a possíveis aumentos de preços ligados às tarifas, Feight afirmou que a clareza recém-anunciada permitirá à Paccar “mover a discussão de volta para a precificação normal dos caminhões”.
Cenário para 2026
A Paccar estima que as vendas de caminhões Classe 8 nos EUA e no Canadá fiquem entre 230 mil e 245 mil unidades neste ano, podendo chegar a 230 mil–270 mil em 2026. Feight acrescentou que esse número poderia ser ainda maior caso haja avanços em claridade sobre tarifas, políticas de emissões e melhorias no mercado de frete.
Com informações do site Truck News.
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