Como a integração entre trem e rodovia reduz custos da Brado em até 10%

O modelo logístico combina a eficiência da ferrovia em longas distâncias com a agilidade do transporte rodoviário nos trechos finais

Redação

A Brado, especializada entre logística multimodal, diz ter conseguido reduzir entre 5% e 10% os custos logísticos de seus clientes graças à integração entre transporte ferroviário e rodoviário. O modelo multimodal combina a eficiência da ferrovia em longas distâncias com a agilidade do transporte rodoviário nos trechos finais, além de gerar ganhos em previsibilidade, confiabilidade e sustentabilidade. Em 2024, as operações da empresa evitaram a emissão de 14.564 toneladas de CO₂, o equivalente ao plantio de 104 mil árvores.

O desempenho também se refletiu no indicador de pontualidade OTD (On-Time Delivery), que atingiu 99,1% no primeiro semestre de 2025. A Brado atribui o resultado à torre de controle 24 horas, que acompanha todas as etapas do transporte em tempo real, centraliza a comunicação com transportadoras, monitora a frota e antecipa desvios ou atrasos.

“Nossa operação garante previsibilidade e segurança. O cliente sabe exatamente quando o trem vai sair e chegar e pode planejar sua produção e distribuição com confiança”, afirma Mariana Carnevalli, executiva de contas de bens de consumo da Brado.

Entre 2021 e 2024, a Brado registrou crescimento médio anual de 30% no transporte de bens de consumo e industriais. Em 2024, a companhia movimentou 5.981 contêineres — cerca de 130 mil toneladas — entre Sumaré (SP) e Rondonópolis (MT), atualmente o principal corredor ferroviário do mercado interno.

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Bebidas, higiene e limpeza

O avanço foi puxado por bebidas e produtos de higiene e limpeza, que registraram crescimento de 74% e 35%, respectivamente. Entre os bens industriais, materiais de construção (+62%) e polímeros (+120%) se destacaram, mostrando expansão em setores estratégicos, mesmo com menor volume absoluto.

Cada operação é desenhada sob medida, com adaptação de equipamentos, fluxos e tipos de contêineres, desde insumos como cimento e argamassa até produtos acabados, como pisos e componentes metálicos. “Não existe operação padrão. Cada cliente tem uma solução própria, construída a partir da multimodalidade”, afirma Gabriel Gustavo Gonçalves Ferreira, especialista comercial da carteira de bens industriais.

O modelo multimodal também permite que o trem funcione como estoque em trânsito: enquanto percorre a rota, a indústria inicia novas etapas de produção, mantendo a cadência sem precisar ampliar espaço de armazenagem. Além de reduzir custos e emissões, o sistema aumenta a segurança nas estradas e melhora a qualidade de vida dos motoristas, que percorrem trechos mais curtos e recebem apoio estruturado nos terminais.

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