O mercado brasileiro de caminhões deve encerrar 2025 com 113,3 mil unidades vendidas, queda de 7,2% em relação às 122,1 mil unidades comercializadas em 2024, segundo estimativas do Bradesco divulgadas na última terça-feira (14), durante evento da Associação Nacional das Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir). Para 2026, a previsão é de crescimento de 3%, com 116,7 mil caminhões vendidos, impulsionada por fatores econômicos e pela necessidade de renovação da frota.
“O corte da Selic, que deve chegar a 11,75% no final de 2026, aliado à desaceleração da inflação, tende a favorecer o setor”, afirmou Rafael Murrer, economista do Bradesco.Outro fator de estímulo é a idade da frota brasileira: em 2024, 2,24 milhões de caminhões circulavam no país, sendo que 29,7% têm mais de 20 anos, aumentando a demanda por veículos novos.
George Rugitsky, responsável pela área de economia da Anfir e diretor de economia e mercados da Abipeças-Sindipeças, destacou que os estoques de caminhões vêm caindo desde julho, com as exportações ajudando a sustentar a demanda.
“No ano, a produção deve seguir o ritmo da demanda, com pouca influência dos estoques. Mas se a redução persistir, podemos ver aumento da produção no início de 2026”, disse Rugitsky.
Ano | Caminhões (mil unidades) | Variação % em relação ao ano anterior |
---|---|---|
2022 | 124,6 | — |
2023 | 104,0 | -16,5% |
2024 | 122,1 | +17,4% |
2025 (proj.) | 113,3 | -7,2% |
2026 (proj.) | 116,7 | +3,0% |