A corrida global por infraestrutura digital, impulsionada por tecnologias como inteligência artificial (IA), 5G e Internet das Coisas (IoT), está provocando um salto na demanda por soluções logísticas de alta complexidade. A DHL Global Forwarding, divisão do grupo alemão DHL dedicada a transporte internacional e projetos industriais, afirma que o avanço de megatendências tecnológicas está redesenhando o setor e abrindo espaço para novos investimentos também no Brasil.
O mercado global de semicondutores, que pode atingir US$ 1 trilhão até 2030, é um dos principais vetores dessa transformação. Paralelamente, a construção de data centers em larga escala vem acelerando: segundo estimativas da consultoria McKinsey, empresas devem investir quase US$ 7 trilhões em infraestrutura desse tipo até o fim da década.
A DHL vê nesse movimento uma oportunidade para aplicar sua experiência em transporte de equipamentos de grande porte e gestão de cadeias de suprimento complexas.
“Os investimentos em semicondutores impulsionam o transporte aéreo, marítimo e rodoviário, o desembaraço aduaneiro e o armazenamento, exigindo soluções de ponta a ponta”, afirma John Lu, chefe global de semicondutores, data centers e construção de projetos industriais da DHL Global Forwarding. “Só nos Estados Unidos, entre US$ 600 e 700 bilhões em projetos foram anunciados desde 2020. O Brasil também começa a se posicionar nessa corrida, com projetos estratégicos que moldam o cenário regional.”
Tarifas e tensões geopolíticas
Entre os desafios, estão a volatilidade de tarifas globais, tensões geopolíticas e o envolvimento tardio de clientes nos projetos — fator que pode comprometer o planejamento ideal das rotas. “Quanto antes as empresas envolverem a DHL no processo, mais eficiente será o desenho logístico, reduzindo riscos e custos”, diz Lu.
No Brasil, o segmento de tecnologia é o principal motor de expansão da infraestrutura digital. “Aplicamos metodologias rigorosas de engenharia logística e planejamento para atender a esse mercado. O transporte de equipamentos críticos, como geradores e sistemas de refrigeração, requer o mesmo nível de precisão e segurança das fábricas de semicondutores”, explica Vanessa Vinhaes, diretora de projetos industriais da DHL Global Forwarding no país.
Otimização de rotas e transporte multimodal
A sustentabilidade também está no centro da estratégia. A empresa tem investido na otimização de rotas e no uso de transporte multimodal para reduzir emissões e aumentar a eficiência de operações de grande porte.
A DHL estruturou sua atuação local em três frentes: ampliação do quadro de profissionais especializados, uso exclusivo de fornecedores certificados e aprimoramento da gestão de projetos, com monitoramento em tempo real e embalagens personalizadas.
“O Brasil está diante de uma janela de oportunidade. À medida que os investimentos em infraestrutura digital ganham ritmo, cresce também a necessidade de uma logística capaz de entregar precisão, velocidade e sustentabilidade”, afirma Vinhaes.
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