O Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco, deu início à etapa final para a concessão à iniciativa privada de um novo terminal voltado à movimentação de veículos e cargas do tipo Ro-Ro (roll-on/roll-off). A administração do porto protocolou na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Financeira (EVTEA), além das minutas de contrato e do edital do Terminal SUA 01, destinado à armazenagem e movimentação de automóveis e veículos comerciais.
A análise da Antaq é o passo anterior ao envio do processo ao Tribunal de Contas da União (TCU). Com o aval do órgão, Suape poderá realizar o leilão, previsto para maio de 2026. Localizado na retroárea do Cais 4, o novo terminal deverá operar como um centro de distribuição de veículos para exportação e importação, fortalecendo o chamado hub de veículos do porto.
O projeto prevê arrendamento por 25 anos e capacidade para movimentar cerca de 100 mil veículos por ano. A área total é de 101 mil metros quadrados, totalmente pavimentada, com 4,2 mil vagas estáticas e prancha média de 127 toneladas por hora. O futuro operador privado será responsável por investir na construção das estruturas administrativas e operacionais, além da compra de equipamentos e sistemas necessários para o funcionamento do terminal.
Segundo o diretor-presidente de Suape, Armando Monteiro Bisneto, o empreendimento marca uma nova fase de expansão e modernização do complexo portuário. “Demos um passo decisivo para elevar a competitividade do nosso Hub de Veículos. O novo terminal será moderno e eficiente, pronto para atrair investimentos, gerar empregos e fortalecer as cadeias produtivas do setor automotivo”, afirma o executivo.
Aumento do fluxo de veículos
Entre janeiro e agosto deste ano, 65 mil veículos passaram por Suape, um aumento de 7% em relação ao mesmo período de 2024. No ano passado, o porto movimentou 80 mil unidades, em grande parte destinadas à exportação pelo Polo Automotivo da Stellantis, localizado em Goiana (PE).
Para o diretor de Desenvolvimento e Gestão Portuária, Rinaldo Lira, a participação privada tende a melhorar a eficiência e reduzir custos logísticos.
“A operação sob gestão privada garante mais previsibilidade e segurança no fluxo de cargas de alto valor agregado, além de reduzir a necessidade de investimentos públicos”, afirma.
Desde 2022, Suape tem autonomia para exercer diretamente as funções de Poder Concedente, o que, segundo a administração, permite maior agilidade na tramitação de processos de arrendamento em relação a outros portos públicos.
O arrendamento é um modelo de concessão em que áreas portuárias públicas são cedidas a empresas privadas por tempo determinado, mediante pagamento e compromisso de investimento. A prática tem sido usada para modernizar terminais e atrair capital privado ao setor.
Com o Terminal SUA 01, Suape busca consolidar sua posição como principal hub automotivo do Norte e Nordeste e ampliar sua relevância na logística de exportação brasileira.
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