A DHL espera crescimento acima de 10% durante a peak season (alta temporada) de 2025, que engloba Black Friday e Natal, mesmo em meio a um cenário global volátil e mudanças tarifárias internacionais.
Essa é a estimativa de Mirele Mautschke, presidente da DHL Express Brasil. Segundo ela, apesar da diluição dos picos de demanda ao longo do ano, Black Friday e Natal ainda concentram os maiores volumes, com previsão de crescimento entre 11% e 15% nos volumes operados entre novembro e dezembro.
A executiva alerta ainda para os saldões pós-Natal, que mantêm a demanda elevada em janeiro e fevereiro, reforçando a necessidade de uma operação flexível e bem estruturada. “O aumento da demanda é impulsionado por campanhas agressivas de grandes marketplaces e pelo crescimento contínuo do e-commerce, que transforma a dinâmica logística no Brasil”, diz.
Para atender ao aumento de volume, a DHL adota estratégias personalizadas para cada cliente. Com atuação multimodal, a empresa é referência global em supply chain, cargas expressas e freight forwarding.
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Impactos de grandes marketplaces
Recentemente, executivos brasileiros da DHL – Plinio Battesini Pereira, presidente da DHL Supply Chain Brazil; Mirele Mautschke; e Eric Brener, CEO da DHL Global Forwarding – reuniram-se para analisar o impacto dos grandes marketplaces asiáticos e detalhar as estratégias para a alta temporada de 2025.
Picos de demanda cada vez mais diluídos.
Segundo Pereira, a tradicional concentração da alta temporada em novembro e dezembro vem se diluindo. “Varejistas asiáticos consideram os primeiros dias de cada mês como período de pico, o que muda a dinâmica da operação e exige preparação contínua”, explica.
Mudanças tarifárias afetaram principalmente micro e pequenas empresas. “Atendemos 60% desse universo no país e oferecemos consultoria para ajudá-las a acessar mercados internacionais. Firmamos parceria com o SEBRAE para apoiar exportações e operações logísticas”, afirma Mautschke.
O programa “Varejo para DHL” amplia a presença da empresa no Brasil, com aumento de pontos de atendimento e lojas próprias. Neste ano, foram inauguradas 10 novas lojas; para 2026, estão previstas 16 novas unidades, dobrando a cobertura em cidades estratégicas.
Pereira destaca que a tecnologia é essencial para acompanhar o ritmo acelerado do e-commerce. A DHL investe em sistemas de planejamento, automação e ferramentas que agilizam o manuseio dos produtos e melhoram a interface com os clientes.
Entre as soluções recentes estão robôs para tarefas repetitivas e chatbots de IA que interagem com destinatários, agendam entregas e consolidam envios.
Transporte marítimo
Brener explica que a DHL Global Forwarding prioriza segurança de capacidade, flexibilidade operacional e mitigação de riscos. Com movimentação de cerca de 3,3 milhões de TEUs, a empresa ajusta rotas e volumes conforme a demanda, garantindo disponibilidade para cargas prioritárias.
No modal marítimo, a capacidade aumentou 12% do Oriente para o Brasil, compensando a queda de 8% entre Ásia e América do Norte, especialmente no setor automotivo. “A logística exige resiliência, agilidade e alternativas estratégicas para manter o fluxo de cargas em movimento”, conclui Brener.
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