A Great Wall Motors (GWM) firmou uma parceria técnica com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para desenvolver estudos e testes voltados à segurança, desempenho e viabilidade do uso do hidrogênio em caminhões. O acordo será oficializado nesta quinta-feira (9) durante a inauguração do Laboratório de Hidrogênio (LabH2), em São Paulo, que contará com a presença do primeiro caminhão a célula de combustível a hidrogênio (FCEV) da América Latina, trazido pela montadora.
A cooperação entre as instituições marca um novo passo na estratégia da GWM para expandir o uso do hidrogênio verde no transporte pesado e reforça o papel do Brasil na transição para uma economia de baixo carbono. “O hidrogênio é mais do que um vetor energético — é um vetor de desenvolvimento social, ambiental e tecnológico para o país”, afirma Davi Lopes, head da GWM Hydrogen-FTXT Brasil.
A FTXT, subsidiária chinesa da GWM especializada em tecnologia de células a combustível, opera fora da China sob a marca GWM Hydrogen, e será a responsável por apoiar o desenvolvimento e a integração das soluções no mercado brasileiro.
O LabH2, inaugurado pelo IPT, é o primeiro do tipo no país a reunir infraestrutura completa para pesquisa e desenvolvimento em toda a cadeia do hidrogênio — da produção e armazenamento ao abastecimento e uso final. O centro inclui duas estações de abastecimento (Hydrogen Refueling Stations, ou HRS), uma de 700 bar para veículos leves e outra de 350 bar para pesados, como caminhões e ônibus.
Com isso, o caminhão a célula de combustível da GWM poderá realizar recargas no próprio laboratório, viabilizando o início dos testes de campo no Brasil. O modelo, movido por reação eletroquímica entre hidrogênio e oxigênio, gera eletricidade sem emitir poluentes — apenas vapor d’água. A tecnologia oferece autonomia elevada e recarga rápida, características vistas como essenciais para o transporte de longa distância.
Segundo João Carlos Sávio Cordeiro, diretor da Unidade de Energia do IPT, a parceria com a montadora é estratégica para aproximar a indústria do ambiente de pesquisa e acelerar o desenvolvimento da cadeia nacional do hidrogênio. “Juntos, podemos desenvolver soluções que fortaleçam o ecossistema do hidrogênio e viabilizem uma mobilidade limpa e segura”, diz.
Testes e pesquisas
Os estudos conjuntos incluirão testes de tanques de alta pressão e pesquisas sobre segurança, eficiência energética e durabilidade dos sistemas. As iniciativas estão alinhadas às diretrizes do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), que incentiva a cooperação entre o setor público e privado para fortalecer a base tecnológica do país.
Com o LabH2, o IPT e a GWM pretendem posicionar o Brasil como referência regional em tecnologias de hidrogênio, abrindo caminho para uma nova geração de veículos pesados sustentáveis e de baixo impacto ambiental.
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