A VLI, companhia de soluções logísticas que opera ferrovias, portos e terminais, concluiu seu primeiro embarque de milho com destino à China pelo Porto de Tubarão, no Espírito Santo. A carga de 75,5 mil toneladas teve origem no Terminal Integrador de Araguari, no Triângulo Mineiro, e representa a consolidação de uma nova rota de exportação no chamado Corredor Leste da empresa.
A operação foi realizada por meio do Terminal de Produtos Diversos (TPD), que recebeu em fevereiro deste ano a habilitação do Ministério da Agricultura (Mapa) para exportar milho ao mercado chinês. O processo incluiu a adequação do terminal às exigências técnicas e sanitárias da China, como a implementação de um sistema de monitoramento de micotoxinas e resíduos de agrotóxicos, além da capacitação de equipes e a adoção de boas práticas de armazenagem.
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Segundo a companhia, a nova rota amplia as alternativas logísticas para produtores e tradings do agronegócio no Centro-Oeste e Sudeste do país.
A movimentação foi feita pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e pela Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), ambas integradas ao sistema logístico da empresa. A VLI está em processo de adaptação ao novo modelo regulatório ferroviário, que a credencia como Agente Transportador Ferroviário de Cargas (ATF-C).
Com a habilitação do terminal capixaba, a companhia busca diversificar o uso da estrutura portuária do estado, que já movimenta celulose, fertilizantes, farelo, insumos e produtos siderúrgicos. Apenas pelo Corredor Leste, a VLI transporta cerca de 33 milhões de toneladas por ano, somando os volumes ferroviários e portuários.
Alta demanda por milho brasileiro
A demanda chinesa por milho brasileiro vem crescendo desde 2022, quando a guerra na Ucrânia reduziu o fornecimento global do grão. Desde então, o país asiático ampliou seus acordos comerciais com o Brasil e passou a exigir novos protocolos fitossanitários, com padrões mais rigorosos para exportadores.
Com o embarque realizado, o Espírito Santo passa a integrar o mapa das exportações de milho do país para a China — um mercado que deve seguir em expansão nos próximos anos, impulsionado pela busca de segurança alimentar e pela diversificação das origens de importação do gigante asiático.
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