Mesmo em um cenário econômico adverso, quando muitas transportadoras optaram por reduzir investimentos, a Transportes Gabardo decidiu reforçar sua operação com a compra de 300 caminhões Volkswagen 19.380 Constellation Premium.
A entrega dos veículos será gradual, com 30 unidades por mês até meados de 2026, conforme cronograma da montadora. O fundador da transportadora, Sergio Gabardo, revelou ao portal Transporte Moderno que o plano faz parte da estratégia de expansão que prevê crescimento de 30% no faturamento em 2025, impulsionado pela renovação da frota e por novos investimentos em infraestrutura logística.
A empresa ampliou recentemente sua presença no Sudeste com uma nova base no Espírito Santo, reforçando sua capilaridade nacional. A frota da Gabardo tem idade média de apenas dois anos, todos os veículos atendem ao padrão Euro 6, e cerca de 5% já operam a gás, resultado de retrofit em caminhões a diesel da Volkswagen.
A sustentabilidade também está no centro da estratégia. A transportadora foi uma das primeiras do mundo a alcançar carbono zero e está prestes a obter certificação de operação carbono negativo, com práticas que incluem retrofit de caminhões a gás, gestão digital de frota e políticas internas de redução de emissões.
Fundada há mais de três décadas, a Transportes Gabardo construiu reputação baseada em qualidade e pontualidade, mantendo contratos de longo prazo com fabricantes como a Hyundai. Além do transporte de automóveis, atua em cargas diversas, incluindo peças e produtos químicos, consolidando-se como um dos principais players do setor logístico. “Estamos há sete anos sem nunca entregar um veículo atrasado. Se o cliente não se encanta, ele não volta. Por isso, cada colaborador tem que se superar todos os dias”, afirmou.
Um cenário diferente
O cenário atual da Gabardo é diferente do ano passado, quando a transportadora viu 257 caminhões ficarem submersos nas enchentes do Rio Grande do Sul, sendo ao menos 100 deles da marca Volvo.
“Somos um dos maiores frotistas da marca no estado. Tivemos caminhões debaixo d’água, mas recebemos da Volvo um apoio fundamental, tanto financeiro quanto de manutenção”, disse Gabardo à época. Segundo ele, a montadora se comprometeu a avaliar os veículos afetados e até mesmo a subsidiar parte das reparações, garantindo manutenção e preservação de garantias.
O episódio exigiu ação imediata: “Precisamos investir em 100 caminhões novos só para suprir a falta dos veículos parados na manutenção. Não podíamos parar nossas operações”, explicou.
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