Duas das maiores companhias aéreas brasileiras, Azul e Gol, apresentaram no segundo trimestre de 2025 resultados que reforçam a recuperação do setor e a consolidação de estratégias distintas para fortalecer a rentabilidade e a liquidez.
A Azul alcançou receita operacional recorde de R$ 4,9 bilhões entre abril e junho, alta de 18% em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho foi impulsionado pelo crescimento nos mercados internacionais, pela evolução das unidades de negócio e pela otimização da malha aérea. O EBITDA avançou 9%, para R$ 1,1 bilhão, com margem de 23%.
O lucro líquido somou R$ 1,29 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 3,5 bilhões registrado no 2T24. A liquidez imediata atingiu R$ 3,3 bilhões, aumento de R$ 945 milhões sobre o trimestre anterior. A capacidade no mercado internacional subiu 37%, enquanto áreas como Azul Viagens, Azul Cargo e Azul Fidelidade registraram expansão robusta — com destaque para alta de mais de 45% nas reservas da Azul Viagens.
A companhia também implementou ajustes na malha, encerrando operações em 14 cidades e reduzindo cerca de 50 rotas para adequar oferta e custos, diante de fatores como câmbio desfavorável e preço do combustível. Para a alta temporada, prevê 3,6 mil voos extras e 520 mil assentos adicionais, com forte foco no lazer.
Já a Gol anunciou superação de metas de desalavancagem e EBITDA após concluir, em junho, o processo de Chapter 11 nos Estados Unidos. A alavancagem líquida recuou de 5,7 vezes para 3,7 vezes, melhor que o projetado no plano de cinco anos.
O EBITDA recorrente cresceu 67,7% frente ao segundo trimestre de 2024, com avanço de 6,3 pontos percentuais na margem. O desempenho foi beneficiado por sinergias operacionais e financeiras advindas do Grupo Abra, controlador da companhia.
Segundo Celso Ferrer, CEO da Gol, a empresa sai fortalecida do processo de reestruturação e está “pronta para aproveitar a nova fase” com liquidez em trajetória positiva. Para Julien Imbert, novo CFO, o foco agora é garantir “trajetória financeira sustentável, com disciplina e inovação”.
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