A Rumo S.A. registrou crescimento de 4% no volume transportado no segundo trimestre de 2025, somando 21,8 bilhões de TKU (toneladas por quilômetro útil), impulsionada principalmente pela performance da Operação Norte, com destaque para os embarques de soja, celulose e bauxita. A receita líquida consolidada aumentou 3,8% na comparação com igual período do ano anterior, atingindo R$ 3,7 bilhões. As informações constam no relatório dos resultados do segundo trimestre compartilhado com investidores.
O EBITDA ajustado somou R$ 2,28 bilhões, avanço de 6,4%, com margem de 61,4%. Já o lucro líquido ajustado foi de R$ 731 milhões, praticamente estável em relação ao segundo trimestre de 2024. O desempenho ocorre em meio à continuidade da disciplina de custos e ganhos operacionais, embora a companhia enfrente pressão nos custos variáveis, que subiram 22% no trimestre, refletindo principalmente o maior volume transportado e o aumento de despesas com aluguel de material rodante.
A companhia manteve a alavancagem financeira em patamar considerado saudável, com relação dívida líquida/EBITDA de 1,8 vez ao fim do período. No trimestre, foram investidos R$ 1,4 bilhão, dos quais R$ 468 milhões destinados ao projeto de expansão no Mato Grosso. A região foi destaque no trimestre, com aumento de 19% na produção de soja e recorde na exportação do grão. A Rumo atingiu 42% de participação no escoamento da safra mato-grossense, reafirmando sua posição como principal solução logística da região.
Apesar dos resultados positivos na Operação Norte, a Operação Sul ainda sofre os efeitos da menor demanda e de interrupções logísticas. O volume transportado caiu 11%, impactado pela paralisação do Tronco Sul desde maio de 2024, em decorrência de eventos climáticos no Rio Grande do Sul. Ainda assim, o EBITDA ajustado da região cresceu 4%, com apoio de uma indenização de R$ 70 milhões por lucros cessantes.
Já a Operação de Contêineres, liderada pela Brado Logística, teve aumento de 20% na receita líquida, com avanço de 78% no EBITDA, resultado da estratégia de focar em mercados com produtos de maior valor agregado, como algodão e defensivos agrícolas.
A companhia distribuiu R$ 1,5 bilhão em dividendos no trimestre e mantém apostas em investimentos na ampliação de capacidade e modernização da infraestrutura, mesmo em um ambiente competitivo mais desafiador e de juros ainda elevados.
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