Mesmo diante de incertezas macroeconômicas, tarifas comerciais e tensões geopolíticas, a A.P. Moller-Maersk reportou receita de US$ 13,1 bilhões no segundo trimestre de 2025, alta de 2,8% em relação ao mesmo período de 2024, impulsionada por ganhos em todos os segmentos de negócios — Ocean, Logistics & Services e Terminais.
O lucro antes de juros e impostos (EBIT) consolidado caiu 12,2%, para US$ 845 milhões, pressionado por menores ganhos na venda de ativos e maiores custos de depreciação. Apesar disso, o lucro operacional subjacente subiu, e a margem EBIT ajustada cresceu de 5,9% para 6,2%.
O principal motor dos resultados foi o segmento Terminais, cuja receita subiu 20%, alcançando US$ 1,3 bilhão. O avanço foi puxado pela América Latina, onde o volume de movimentações aumentou 20,1%, com destaque para Callao (Peru), Buenos Aires (Argentina) e Pecém (Brasil), além da Ásia, com 6,3% de crescimento, puxado por Mumbai (Índia) e Aqaba (Jordânia). A utilização média dos terminais subiu para 86%, e o EBIT avançou 31%, chegando a US$ 461 milhões.
No segmento Ocean, o volume de contêineres carregados aumentou 4,2% na comparação anual e 10% em relação ao primeiro trimestre, beneficiado por rotas como intra-Ásia, África, Ásia-Europa e América Latina. Entretanto, o frete médio por unidade caiu 9,6%, para US$ 2.259 por FFE, pressionando as margens. O EBIT do segmento despencou 51%, para US$ 229 milhões.
Logística e Serviços
Por outro lado, o setor de Logística e Serviços registrou receita de US$ 3,7 bilhões, crescimento modesto de 1% ano a ano, mas com melhora expressiva na margem operacional, que passou de 3,5% para 4,8%, resultado de esforços de reestruturação e foco em rentabilidade nos serviços “Fulfilled by Maersk” e “Managed by Maersk”.
Em meio à resiliência da demanda global fora da América do Norte, a Maersk revisou para cima sua projeção de lucro operacional para 2025. A empresa agora estima um EBIT ajustado entre US$ 2 bilhões e US$ 3,5 bilhões, contra previsão anterior de até US$ 3 bilhões, e espera crescimento do mercado global de contêineres entre 2% e 4% no ano.
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