O Mercado Livre ampliou a velocidade de sua operação logística na América Latina e conseguiu realizar 52% das entregas no mesmo dia ou no dia seguinte no segundo trimestre de 2025, segundo balanço divulgado na segunda-feira (4). O percentual representa um crescimento de 28% em relação ao mesmo período do ano passado, mesmo com o avanço da modalidade de slow shipping, ou seja, prática no comércio e na logística que privilegia prazos de entrega mais longos.
De acordo com a companhia, sua rede de fulfillment — centros de distribuição que recebem, armazenam, separam e despacham os produtos vendidos pela plataforma. Esse modelo já processa 57% das entregas na região, com destaque para o México, onde a taxa ultrapassou 75%. Atualmente, o grupo conta com mais de 30 centros de distribuição em operação. Na Argentina, a empresa registrou níveis recordes de entregas no mesmo dia, enquanto no México houve avanço expressivo nas entregas rápidas no período.
A estratégia logística faz parte dos investimentos do Mercado Livre para sustentar o crescimento do comércio eletrônico. No Brasil, a expansão da oferta de frete grátis contribuiu para elevar em 34% o número de itens vendidos em junho frente ao mesmo mês de 2024, além de aumentar em 29% o volume de vendas brutas (GMV) no trimestre.
Resultados financeiros
No consolidado, o número de itens vendidos na região aumentou 31% no trimestre, chegando a 550 milhões de unidades. O GMV totalizou US$ 15,3 bilhões, alta de 21% em dólares e de 37% em moeda constante, enquanto o número de compradores únicos cresceu 25%, para 70,8 milhões.
No período, a receita líquida do Mercado Livre alcançou US$ 6,8 bilhões, um avanço de 34% em relação ao mesmo trimestre de 2024. O lucro operacional foi de US$ 825 milhões, com margem de 12,2%, e o lucro líquido somou US$ 523 milhões, equivalente a 7,7% de margem.
Além do avanço em logística, a empresa destacou o crescimento de 38% na receita de publicidade e o desempenho do braço financeiro Mercado Pago, que atingiu quase 68 milhões de usuários ativos mensais, alta de 30% em um ano. A carteira de crédito chegou a US$ 9,3 bilhões, com avanço de 91% no período, puxada principalmente pelos cartões de crédito.
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