Azul obtém aval final da Justiça dos EUA para financiamento de US$ 1,6 bilhão

Aprovação fortalece posição financeira da companhia, garante continuidade das operações e reforça acordo bilionário com a AerCap

Redação

A Azul recebeu a aprovação final do Tribunal de Falências dos Estados Unidos para levantar US$ 1,6 bilhão por meio de um financiamento DIP (debtor-in-possession), mecanismo comum em processos de recuperação sob o Capítulo 11 da legislação americana.

A decisão representa um marco no plano de reestruturação financeira da companhia aérea brasileira, que entrou com pedido de proteção judicial nos EUA em maio deste ano para reorganizar suas dívidas com credores internacionais.

Segundo a empresa, o aval judicial foi concedido sem objeções por parte dos credores envolvidos, o que demonstra, na avaliação da Azul, a colaboração dos stakeholders com o plano de recuperação. O financiamento será utilizado para garantir a continuidade das operações durante o processo, manter o atendimento aos clientes e apoiar a chamada “transformação acelerada” do negócio.

“Com a aprovação final do financiamento DIP e o suporte contínuo de nossos principais parceiros financeiros, a Azul está bem-posicionada para executar nosso plano de transformação e emergir como uma companhia aérea mais forte e competitiva”, afirmou John Rodgerson, CEO da Azul, em comunicado.

O financiamento se soma aos fluxos de caixa operacionais da empresa e ao apoio de parceiros estratégicos, assegurando, segundo a Azul, os recursos necessários para manter o padrão de serviço e a operação da malha aérea no Brasil e no exterior.

Além do DIP, a companhia protocolou no Tribunal americano o acordo anteriormente anunciado com a AerCap, principal credora de seus contratos de arrendamento de aeronaves. O entendimento, que será analisado na próxima audiência do caso marcada para 13 de agosto, prevê uma economia estimada em mais de US$ 1 bilhão com os custos da frota ao longo do tempo. O plano de reestruturação também contempla o encerramento de dois contratos de leasing de motores inativos, o que não impactará a capacidade operacional ou a oferta de voos da empresa.

Redução de custos a longo prazo

A Azul destaca que as medidas fazem parte de um esforço para reduzir custos de longo prazo, otimizar a frota e reforçar a estrutura de capital, com o objetivo de sair do processo mais enxuta e preparada para competir em um setor ainda marcado por alta volatilidade e margens pressionadas.

A Azul tem mais de 150 aeronaves e presença em mais de 160 destinos. Mesmo após o pedido de proteção judicial nos EUA, a empresa mantém operações ininterruptas no país.

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