O Porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, manteve o ritmo de crescimento na movimentação de cargas durante o primeiro semestre de 2025. Entre janeiro e junho, passaram pelo terminal 8,8 milhões de toneladas de mercadorias — ligeiramente acima das 8,7 milhões registradas no mesmo período de 2024, confirmando a trajetória de expansão iniciada no ano passado.
As exportações responderam por 54% do total (4,7 milhões de toneladas), puxadas principalmente pelos grãos. A soja liderou com 3,4 milhões de toneladas, seguida pelo milho, com 1 milhão. As importações, por sua vez, somaram 4,1 milhões de toneladas, com destaque para os produtos siderúrgicos (2,3 milhões de toneladas), majoritariamente provenientes da China, e fertilizantes (1,5 milhão), originados do Oriente Médio, sobretudo Egito, Omã e Irã.
Segundo Cleverton Vieira, presidente do Porto, a performance é resultado de investimentos em infraestrutura que vêm fortalecendo a competitividade do terminal. “Nos últimos dois anos alcançamos os maiores volumes de movimentação da nossa história: 16,8 milhões de toneladas em 2023 e 17 milhões em 2024. Pensávamos que já estávamos próximos do limite, mas o resultado do primeiro semestre nos mostra que os aportes recentes têm feito diferença”, avalia.
Investimentos para os próximos meses
Desde 2023, foram aplicados R$ 200 milhões em obras de melhoria estrutural, incluindo um novo acesso ao porto, a modernização do parque tecnológico e reformas nos equipamentos. Para os próximos meses, estão previstos investimentos adicionais de R$ 354,5 milhões, sendo R$ 324 milhões destinados à dragagem de aprofundamento do canal de acesso à Baía da Babitonga, R$ 18 milhões para a recuperação do Berço 201 e R$ 12,5 milhões na ampliação da BR-280, no trecho de acesso ao terminal.
O Porto de São Francisco é o maior de Santa Catarina em movimentação de cargas e figura entre os dez maiores portos públicos do país nesse critério. Detém ainda dois recordes consecutivos de movimentação anual, com destaque para o forte desempenho na exportação de soja e na importação de aço — este último representando 50% de todo o aço que entra no Brasil.
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