A Tomasi Logística, especializada no transporte de cargas fracionadas quer acelerar sua expansão por meio de um modelo de franquias. Com 67 unidades franqueadas em operação e a meta de chegar a 100 até o fim de 2025, a empresa combina padronização, tecnologia e suporte completo para consolidar sua capilaridade nacional.
Desenvolvido para oferecer uma alternativa mais estruturada ao modelo tradicional de agregamento, o projeto de franquias de caminhões foi pensado para resolver as dificuldades enfrentadas por transportadores autônomos em um mercado cada vez mais competitivo. Segundo Diego Tomasi, diretor executivo da companhia, o modelo de agregamento estava saturado e pouco viável. Com a franquia, o caminhoneiro tem previsibilidade, acesso a grandes embarcadores e suporte completo de gestão”, afirma.
Para ingressar no sistema, o caminhoneiro precisa ter um cavalo mecânico com até 20 anos de uso e investir cerca de R$ 3 mil por veículo como taxa de franquia. A Tomasi fornece o implemento rodoviário (carreta), garantindo padronização visual e operacional. Além disso, o franqueado recebe treinamento, identidade visual e apoio comercial. “Queremos que ele atue como uma pequena empresa, mas com a força e o padrão da Tomasi por trás”, explica o executivo.
A vantagem para o caminhoneiro é a previsibilidade, segundo o executivo. Ele não precisa buscar carga em plataformas ou negociar com agenciadores, pois tem acesso direto aos embarcadores da rede Tomasi. “O franqueado tem garantia de carga na ida e na volta, sem depender do mercado, onde os fretes são negociados de forma pontual e imediata.Isso traz estabilidade financeira e possibilidade de crescimento. Temos parceiros que começaram com um caminhão e hoje operam com dez.”
Já para a Tomasi, o modelo permite ampliar a frota sem os altos custos de aquisição de veículos próprios e driblar. Hoje, são mais de 500 caminhões próprios em operação, mas o sistema de franquias oferece flexibilidade e maior alcance. “O franqueado, por ser dono do seu caminhão, tende a cuidar melhor do cliente. Ganhamos em capilaridade e qualidade de atendimento”, diz Diego Tomasi.
Escassez de motoristas
Além disso, a iniciativa ajuda a mitigar um dos maiores desafios da logística no Brasil: a falta de motoristas. Pesquisa da NTC&Logística, realizada em janeiro deste ano, aponta que 93% dos empresários do ramo enfrentam dificuldade para contratar motoristas, sendo que 35% relatam ter muita dificuldade. Dados do ILOS revelam ainda que o número de condutores ativos no Brasil caiu 20% entre 2014 e 2024 — de 5,5 milhões para 4,4 milhões. Segundo a consultoria, quem entra na profissão tende a permanecer, mas o verdadeiro problema está na falta de novos talentos.
Para Tomasi, nesse contexto, o modelo de franquias representa uma alternativa para atrair e fidelizar motoristas, oferecendo condições mais estruturadas, suporte operacional e estabilidade — elementos cada vez mais valorizados por profissionais que desejam empreender com segurança. O projeto, iniciado em 2019, já se tornou essencial na estratégia da empresa para ampliar presença nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, atendendo com mais eficiência o crescente mercado B2B e o e-commerce.
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