O mercado de caminhões manteve a tendência de crescimento em 2025, com um avanço expressivo nas vendas do primeiro bimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo dados divulgados na noite desta sexta-feira (7) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram emplacadas 17.922 unidades entre janeiro e fevereiro, um aumento de 10,73% frente aos 16.186 caminhões vendidos no mesmo período de 2024.
A influência da Fenatran, maior feira do setor de transporte de cargas da América Latina, continua impulsionando as vendas, com a concretização de pedidos realizados durante o evento. “O efeito Fenatran tem sido evidente, e, apesar da preocupação com o aumento da taxa de juros, há uma expectativa positiva impulsionada pela safra agrícola, que promete ser uma das melhores dos últimos anos”, destaca Arcelio Alceu dos Santos Junior, presidente da Fenabrave.
Apesar do crescimento acumulado, o setor registrou uma leve retração nas vendas em fevereiro. No segundo mês do ano, foram comercializadas 8.752 unidades, queda de 4,56% em relação aos 9.170 caminhões vendidos em janeiro. Esse desempenho reflete um ajuste no ritmo das entregas, mas não compromete as projeções otimistas para o restante do ano, segundo comunicado da Fenabrave.
No início deste ano, a entidade informou que expectativa é que sejam vendidos 127.593 caminhões em 2025, o que representará um aumento de 4,5% em relação ao volume de 122.099 unidades registrado no ano passado.
Vendas de implementos em ritmo de queda
Diferentemente do mercado de caminhões, o segmento de implementos rodoviários apresentou retração tanto entre janeiro e fevereiro quanto no acumulado do ano. “Esse é o único segmento a apresentar queda até o momento, o que indica que os transportadores estão priorizando a renovação da frota de caminhões. Esse movimento se deve à necessidade de melhorar a eficiência no consumo de combustível, diante das recentes altas nos preços”, explica Arcelio Junior.
A busca por veículos mais econômicos tem influenciado a queda nos pedidos de implementos, mas há expectativas de recuperação ao longo do ano. “A tendência é que, conforme as empresas ajustem seus investimentos, os pedidos de implementos rodoviários possam se recuperar”, avalia o presidente da Fenabrave.
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