A Azul Linhas Aéreas anunciou a conclusão de uma negociação estratégica com seus arrendadores, fabricantes de aeronaves e detentores de títulos de dívida. O acordo resulta na exclusão de mais de R$ 11 bilhões em dívidas e obrigações.
O processo envolveu a troca de instrumentos conversíveis (como títulos ou empréstimos) em participação na companhia, no valor de R$ 3,3 bilhões, por 94 milhões de ações preferenciais (AZUL4). Além disso, mais de R$ 4,6 bilhões em dívidas financeiras com vencimento para 2029 e 2030 foram convertidas, trazendo um alívio significativo no fluxo de caixa da Azul, conforme informou a companhia.
Esses avanços chegam após um ano desafiador, no qual a empresa enfrentou uma série de adversidades. Entre os obstáculos estiveram a desvalorização do real em relação ao dólar, os custos elevados de operação – impulsionados pelo alto preço do querosene de aviação, que é um dos mais caros do mundo – e os impactos do cenário global, como a crise de supply chain e as enchentes no Rio Grande do Sul. No entanto, a empresa afirma que, mesmo diante dessa pressão, conseguiu negociar de forma amigável com seus parceiros comerciais e financeiros.
Em nota, John Rodgerson, CEO da Azul, afirmou que o resultado das negociações é um marco para a companhia. “Este é mais um momento muito importante na história da Azul, pois encerra um processo de negociação que torna a nossa empresa mais sólida e robusta. Além da extinção de R$ 11 bilhões das obrigações financeiras, recebemos hoje um aporte de mais de R$ 3,1 bilhões que irá reforçar o balanço da companhia e garantir que estejamos mais fortes”, afirmou o executivo.
A reestruturação também inclui acordos comerciais estratégicos com fornecedores e arrendadores, que garantirão um fortalecimento adicional no fluxo de caixa da Azul, com mais de R$ 1,8 bilhão previsto até 2027. O impacto desses acordos deverá refletir positivamente nos números da empresa, com uma desalavancagem de aproximadamente 1,4x em relação aos resultados do terceiro trimestre de 2024.
Projeções para 2025
A companhia também está otimista com o futuro. A Azul prevê a chegada de 15 novos jatos Embraer E2 ao longo de 2025, o que ampliará ainda sua capacidade de conectar clientes de norte a sul do Brasil. Rodgerson destacou: “Esses novos aviões serão valiosos para garantir a conectividade dos nossos clientes e ampliar o acesso ao modal aéreo em todo o país.”
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