Azul e controladora da Gol assinam acordo para unir negócios no Brasil

O documento assinado pelas empresas formaliza a intenção de seguir com o processo de fusão, que agora inclui a obtenção das aprovações necessárias, como a do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE)

Aline Feltrin

As companhias aéreas Azul e a Abra, dona da Gol e da Avianca, assinaram na noite de quarta-feira (15) um memorando de entendimento para combinar seus negócios no Brasil. Em nota, a Azul explicou que “a junção criará uma companhia aérea mais robusta e que a intenção é impulsionar o crescimento da indústria aeronáutica nacional, expandindo a oferta de destinos, rotas e serviços, tanto no mercado doméstico quanto internacional.”

Segundo o comunicado, a expectativa é aumentar a conectividade e proporcionar mais opções para os consumidores brasileiros, com o potencial de ampliar a rede de voos domésticos e internacionais. A combinação das duas empresas seria facilitada pela complementaridade de suas rotas, já que cerca de 90% delas são não sobrepostas.

Embora a estratégia unificada seja um dos principais objetivos, as duas empresas manterão seus certificados operacionais e continuarão com suas marcas e operações separadas. A estrutura proposta também inclui acordos de governança e uma nova configuração de capital, que ainda precisa passar por aprovações regulatórias antes de sua efetivação.

Aprovação do CADE

A Azul também explicou no comunicado que a combinação promete trazer benefícios para o consumidor, com mais opções e produtos, e para a economia brasileira como um todo, já que a expansão da aviação contribuiria para o desenvolvimento de diversas atividades econômicas, especialmente em um país de dimensões continentais como o Brasil.

O documento assinado pelas empresas formaliza a intenção de seguir com o processo de fusão, que agora inclui etapas importantes, como a assinatura de acordos finais e a obtenção das aprovações necessárias. Entre essas aprovações, está a do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), que avalia o impacto da operação na concorrência.

A conclusão da fusão depende, ainda, de alguns fatores, como a definição dos termos econômicos entre as partes, a finalização do plano de reorganização da Gol e o cumprimento de todas as exigências regulatórias e corporativas habituais.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique aqui para receber em primeira mão as principais notícias do transporte de cargas e logística.

Veja também