Os terminais portuários do Brasil se afirmaram como pilares fundamentais do comércio exterior em 2024, respondendo por 97,2% de toda a movimentação de exportações e importações do país. Quando considerado o valor FOB (Free On Board), a participação dos portos subiu para 82,1%. Os números foram dilvulgados nesta semana pela Associação de Terminais Portuários Privados (ATP).
De acordo com a pesquisa da ATP, o fluxo comercial por via marítima alcançou US$ 492,5 bilhões, um avanço de 2,24% em relação ao ano anterior. Contudo, a balança comercial brasileira no setor enfrentou uma retração de 12,9%, pressionada pelo crescimento das importações e pela queda nos preços de produtos essenciais, como soja (-16,5%), combustíveis minerais (-4,07%) e minérios (-3,06%). Esses declínios são reflexos das flutuações no mercado global e dos desafios enfrentados pelo setor exportador.
Setores de café e celulose
Em contrapartida, alguns segmentos exportadores se destacaram em 2024. O café, por exemplo, teve um crescimento notável de 52,7% em valor FOB, resultado de uma elevação tanto na quantidade exportada quanto nos preços médios. A celulose também registrou um aumento significativo de 34,8%, consolidando-se como um dos principais itens da pauta exportadora brasileira.
Para Murillo Barbosa, presidente da ATP, os números demonstram a relevância dos terminais portuários para o desempenho da economia nacional, especialmente em um ano repleto de desafios e mudanças no comércio global.
“Manter a liderança nesse setor exige investimentos contínuos em infraestrutura e em soluções que aumentem a eficiência. Apenas assim o Brasil poderá sustentar sua competitividade e aproveitar novas oportunidades no mercado internacional”, afirmou Barbosa.
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