Clássicos brasileiros: como os caminhões Volkswagen 11-130 e 13-130 conquistaram os transportadores na década de 1980

A matéria da Transporte Moderno de 1983 mostrava que, após dois anos do lançamento, os modelos VW-11-130 e 13-130 ainda enfrentavam cetismo de alguns transportadores, mas conseguiram ganhar destaque

Aline Feltrin

A edição nº 228 da Transporte Moderno, publicada em janeiro de 1983, destacava uma importante reportagem sobre a trajetória dos caminhões Volkswagen VW-11-130 e 13-130 no Brasil. A matéria, assinada pelos jornalistas Ariverson Feltrin e Fred Carvalho, explorou como esses modelos, com quase dois anos de operação na época, ainda enfrentavam certo ceticismo por parte dos transportadores, apesar de já começarem a conquistar a confiança de alguns. A experiência de uso demonstrava que os modelos Volkswagen eram, de fato, adequados para o mercado.

Características que convenceram os transportadores

A matéria destacou a cabine basculante como uma das características que mais agradava os transportadores. Esse sistema facilitava o trabalho de manutenção, proporcionando um acesso mais fácil ao motor e aos componentes mecânicos. Anildo Batista de Carvalho, gerente de manutenção da empresa Borlenghi (SP) à época, relatava que o design facilitava o trabalho dos mecânicos, evitando falhas devido ao difícil acesso às peças. O sistema basculante foi destacado como um grande diferencial, especialmente para quem lidava com manutenção constante em uma frota de caminhões.

A empresa Borlenghi, que utilizava caminhões VW 13-130 para o transporte de açúcar na Grande São Paulo, enfatizava que o sistema basculante não interferia no transporte da carga, o que representava um ponto positivo para as operações da empresa.

Por outro lado, para a Transportadora Schlatter, especializada no transporte de veículos zero-quilômetro, o design da cabine gerava desafios. O então diretor Walter Schlatter mencionava que, devido ao sistema basculante, a empresa foi considerada “louca” por usar castelos sobre as cabines para transportar carros adicionais, uma solução criativa para otimizar a carga, mas que gerava certo desconforto.

A reportagem também destacou a adaptação da Transportadora Schlatter, que criou uma cama na cabine para permitir que um motorista descansasse enquanto o outro dirigia, uma inovação que aumentava a eficiência nas viagens longas. Hélio Sesquin, então chefe de oficina da empresa, destacou a importância de melhorar o conforto e a funcionalidade das cabines.

Clique aqui para ler essa e outras reportagens da edição nº 228 da Transportes Moderno.

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