VLI atinge 1 milhão de toneladas de celulose movimentadas no Porto de Barra do Riacho (ES)

Para atender a essa demanda, a VLI investiu R$ 400 milhões na aquisição de 215 vagões exclusivos, fabricados pela Randon, e nove locomotivas da Wabtec

A renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), controlada pela VLI, promete um significativo impulso para o setor ferroviário brasileiro, com a previsão de movimentar cerca de R$ 30 bilhões.

Redação

A VLI, companhia especializada na operação de terminais, ferrovias e portos, atingiu um importante marco em sua operação logística ao movimentar 1 milhão de toneladas de celulose solúvel no porto de Barra do Riacho, no Espírito Santo. O volume foi transportado por meio do Corredor Leste da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e tem como destino o mercado asiático, consolidando a parceria com a LD Celulose.

Desde o início das operações conjuntas em 2022, a VLI tem sido responsável pela logística de transporte da celulose produzida pela LD Celulose, localizada em Indianópolis, no Triângulo Mineiro. O acordo entre as duas empresas, firmado em 2021, tem duração de 30 anos e visa movimentar 500 mil toneladas anuais dessa commodity, com a previsão de investimentos significativos em infraestrutura. Para atender a essa demanda, a VLI investiu R$ 400 milhões na aquisição de 215 vagões exclusivos, fabricados pela Randon, e nove locomotivas da Wabtec, ambas empresas nacionais.

Daniel Schaffazick, diretor de operações do Corredor Leste da VLI, celebrou a marca de 1 milhão de toneladas movimentadas, destacando o compromisso da empresa com o desenvolvimento do país. “Este resultado é uma prova do nosso empenho em gerar riqueza e progresso por meio de operações eficientes e seguras. Também reflete nossa capacidade de criar soluções logísticas que beneficiam tanto os clientes quanto o sistema portuário do Espírito Santo, um parceiro estratégico importante para nós”, afirmou Schaffazick.

A LD Celulose também reconhece a importância do transporte ferroviário para a eficiência de suas operações. Segundo Silvio Costa, presidente da empresa, “a parceria com a VLI permite que movimentemos grandes volumes de celulose de forma segura e econômica, além de fortalecer nossa capacidade de atender à crescente demanda do mercado global”.

O fortalecimento da parceria não se limita à movimentação da carga. A VLI também tem investido em melhorias na infraestrutura ferroviária, com destaque para obras em Aracruz, no Espírito Santo. A ampliação do pátio de manobras, uma estrutura para reparos leves em vagões, recebeu um aporte de R$ 40 milhões, além de contrapartidas sociais acordadas com a comunidade local.

Crescimento do setor de celulose e papel

A exportação de celulose brasileira continua a crescer. De acordo com a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), as exportações de celulose no primeiro semestre de 2024 avançaram 19% em relação ao mesmo período de 2023, alcançando US$ 4,95 bilhões. Durante o mesmo período, a produção nacional de celulose foi de 12,7 milhões de toneladas, com 9,5 milhões de toneladas destinadas ao mercado externo.

A VLI e a LD Celulose, com suas operações no Corredor Leste, estão alinhadas com esse crescimento, contribuindo significativamente para o aumento da competitividade do Brasil no mercado internacional de celulose, especialmente no exigente mercado asiático.

Malha ferroviária da FCA

O Corredor Leste, parte da , conecta os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, e é fundamental para o escoamento de diversos produtos, como celulose, grãos, carvão e fertilizantes. A VLI, que opera tanto ferrovias quanto portos, movimenta anualmente cerca de 16,7 milhões de toneladas de carga por suas ferrovias e 16,2 milhões de toneladas através dos portos capixabas.

A malha logística também inclui o Terminal Integrador Araguari, o segundo maior terminal de transbordo de grãos e fertilizantes da América Latina, e o Terminal Integrador Pirapora, que impulsiona o desenvolvimento agrícola no norte de Minas Gerais. A eficiência dessas operações contribui para o crescimento do setor e para o fortalecimento da infraestrutura logística no Espírito Santo, um dos principais hubs exportadores do país.

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