Em junho de 2002, a Ford celebrava 45 anos desde o início da produção de seu primeiro caminhão nacional, o F-600, equipado com motor V8 de 4,5 litros a gasolina e índice de nacionalização de 40%. Para comemorar a data, a montadora estava em processo de reestruturação da área de caminhões em sua fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A história desse marco foi detalhada na reportagem “Começa a virada da Ford”, publicada na edição nº 399 da Transporte Moderno, em junho de 2002.
“A mudança teve como objetivo reforçar nossa presença nesse mercado e reflete a crescente importância do segmento de veículos comerciais para a Ford”, afirmou Flávio Padovan, à época diretor de Operações de Caminhões da montadora. A equipe, inicialmente responsável apenas por marketing e vendas, passou a contar com a experiência de Hamilton Fornasaro (ex-GMC), contratado para gerenciar a área.
A mudança na estrutura da Ford visava fortalecer a marca no segmento de caminhões. Sob a liderança de Hamilton Fornasaro, a equipe passava a ter um papel mais amplo, com responsabilidades que incluíam desenvolvimento de produto, rede de distribuidores, finanças e recursos humanos.
Em março de 2002, os primeiros resultados começaram a surgir: a Ford registrou seu segundo melhor desempenho histórico nas vendas de caminhões, com 1.417 unidades comercializadas e uma participação de mercado de 23,3%. A meta era um crescimento de 15% em relação às 13.000 unidades vendidas no ano anterior.
A estratégia focava em grandes frotistas, com ênfase no pós-venda, o que envolvia maior competitividade nos preços e um sistema de entrega de peças em até 24 horas em todas as capitais do Brasil. Além disso, o objetivo era melhorar a imagem da marca, consolidando sua posição no mercado.
Melhorias na fábrica
Em paralelo, a nova fábrica de caminhões da Ford, inaugurada em São Bernardo do Campo (SP) no início de 2001, implementava conceitos de produção avançados, com um investimento de US$ 200 milhões. A fábrica adotou o sistema de montagem modular, em vez do convencional, no qual as peças são estocadas ao longo da linha de montagem.
Nesse novo modelo, as peças seguiam com cada caminhão ou picape, em carrinhos especiais, com todas as peças pré-separadas em uma área chamada “supermercado”. Isso não apenas otimiza o processo, como também melhora a organização e a eficiência da produção.
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