O Porto de Suape, localizado no estado de Pernambuco, registrou um aumento de 5,2% na movimentação de carga entre janeiro e outubro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023. O total de carga movimentada alcançou 20.985.821 toneladas, com destaque para o mês de agosto, quando foram contabilizadas 2.670.132 toneladas. O número de atracações também apresentou crescimento significativo, com alta de 10%, totalizando 1.381 embarcações de diferentes tipos e tamanhos.
Esses resultados consolidam o Porto de Suape como o sexto mais movimentado porto público do Brasil, reforçando sua relevância no cenário nacional. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, os números refletem a importância estratégica do porto. “Suape se reafirma como um dos principais terminais portuários do país, mas estamos mirando um futuro ainda mais promissor. Os investimentos em infraestrutura realizados pela gestão de Raquel Lyra visam ampliar ainda mais nossa capacidade operacional e garantir um crescimento contínuo nos próximos anos”, destacou o secretário.
Carga conteinerizada e rota internacional
A operação de carga conteinerizada foi a que apresentou o maior crescimento no Porto de Suape, com um aumento de 23% em relação ao ano passado. Entre janeiro e outubro, foram movimentados 528.258 TEUs (unidade equivalente a 20 pés), impulsionados principalmente pela entrada do porto na rota comercial entre Singapura e o Nordeste brasileiro. A rota, que também inclui paradas em portos da China, Caribe e outras localidades, trouxe um grande marco para Suape.
Em 27 de julho, o porto pernambucano recebeu o MSC Orion, o maior navio já atracado na região, com 366 metros de comprimento. Esse foi o primeiro de vários navios de grande porte (New Panamax) que passaram a integrar as operações do porto, culminando no início oficial do serviço Santana, com a chegada do MSC Juliette em 7 de novembro, data em que o terminal completou 46 anos de existência.
O diretor-presidente da empresa estatal que administra o porto, Marcio Guiot, destacou o impacto dessa rota na competitividade de Suape. “Com essa nova ligação internacional, o Porto de Suape se posiciona como uma importante porta de entrada de contêineres de longo curso para a região, o que traz mais competitividade para nossos exportadores e importadores”, afirmou.
Guiot também ressaltou as melhorias na infraestrutura do porto, como as obras de dragagem e a recuperação do molhe de abrigo, que contribuem para um futuro ainda mais promissor.
Outros segmentos em crescimento
Além da carga conteinerizada, outros segmentos também apresentaram crescimento no período. A movimentação de carga geral solta teve um aumento de 13,9%, totalizando 492.208 toneladas. Produtos como açúcar ensacado, chapas e bobinas de aço, veículos, aerogeradores e peças para a indústria contribuíram para esse desempenho. Em particular, o hub de veículos movimentou 66.874 unidades, com destaque para os modelos da BYD, gigante chinesa de carros elétricos e híbridos.
Por outro lado, a operação de granéis líquidos, que inclui petróleo e derivados, se manteve estável, com uma pequena queda de 0,7% em relação ao ano passado, somando 13.735.135 toneladas. Esse segmento continua sendo o carro-chefe do Porto de Suape, representando 65,4% do total de carga movimentada. O porto lidera nacionalmente a movimentação de granéis líquidos e também ocupa a primeira posição no transporte de cabotagem entre os portos públicos do Brasil.
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