A Azul registrou no terceiro trimestre de 2024 três recordes históricos: lucro operacional de R$ 1,0 bilhão, com uma margem de 20%; Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,7 bilhão, com uma margem de 32%; e receita total que atingiu R$ 5,1 bilhões, aumento de 4,3% em relação ao terceiro trimestre de 2023, crescimento de 23% em relação ao segundo trimestre de 2024. Em comparação ao terceiro trimestre de 2019, o faturamento total teve um incremento de 69%.
Antes de fechar o ano de 2024, a companhia já contabiliza números que concretizam um aumento de oferta de 6% ano contra ano, atingindo R$ 6 bilhões de Ebitda, outro feito nunca alcançado pela companhia.
Até o final de 2025, a aérea receberá de 12 a 15 novas aeronaves, em sua maioria dos modelos de nova geração da Embraer, os E2 195, que trazem um diferencial competitivo em relação à malha e uma eficiência operacional à empresa. Além dessas aeronaves, dois novos cargueiros A321-F começam a operar ainda no primeiro trimestre do ano que vem.
A companhia informa que fortaleceu suas unidades de negócio, que hoje já representam mais de 22% da receita. O programa Azul Fidelidade encerrou o trimestre com mais de 18 milhões de membros no terceiro trimestre de 2024, com crescimento no faturamento bruto de 63% ano contra ano. A Azul Viagens, operadora de turismo da companhia, cresceu 42% em reservas brutas em relação ao terceiro trimestre de 2023 e representou mais de 6% do total de ASKs (assentos por quilômetros) no terceiro trimestre de 2024.
A Azul Cargo continua forte, com a receita crescendo trimestre a trimestre, e com uma recuperação considerável nos mercados internacionais onde a receita aumentou 23% ano contra ano. A Azul TecOps, a mais nova unidade de negócios, gera eficiência adicional à organização de manutenção da companhia e acumula contratos com diversos clientes, gerando eficiências totais de cerca de R$ 500 milhões desde sua fundação.
“Temos um modelo de negócio único, com vantagens competitivas estruturais, unidades de negócio que geram altas margens e crescem significativamente, e uma transformação de frota que nos posicionam para impulsionar o crescimento do mercado brasileiro de aviação. Por isso, iremos gerar R$ 7,4 bilhões de Ebitda em 2025. Essa vantagem competitiva também nos coloca em uma posição para enfrentar qualquer desafio futuro. Isso tudo só e possível, porque temos mais de 15 mil tripulantes que encantam nossos clientes em cada voo, além de parceiros e investidores que apostam em nosso futuro”, disse o CEO, John Rodgerson, durante o Azul Day, evento realizado neste ano em Nova Iorque para investidores e analistas financeiros.
16 anos de história
A Azul, que neste mês completa 16 anos de história de um modelo único de negócios na aviação, comemora os resultados desse esforço e segue confiante com seus planos para o futuro. Rodgerson destacou durante evento que a companhia manteve firme a sua rota em 2024, enfrentou as turbulências no setor e se preparou financeiramente para decolar em 2025.
O CEO disse que a Azul já superou diversos desafios ao longo de sua história e ressaltou que o trabalho de todos os tripulantes (como são chamados todos que trabalham na companhia), fez a diferença para enfrentar cada um deles. Entre os responsáveis por episódios em que a empresa precisou repensar sua rota, para garantir o rumo de seus negócios, o executivo citou a alta do dólar, o preço do combustível de aviação no Brasil, a crise do setor com a falta de peças de aeronaves, além das enchentes, no Rio Grande do Sul que fecharam por quase seis meses o aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre – responsável por 10% da malha aérea do país.
“Nosso competência, facilidade de adaptação, apoio e confiança de mais de 15 mil tripulantes, além de nossos parceiros e investidores, foi o que nos ajudou a manter nossos diferenciais, mesmo diante das dificuldades, e a garantir a melhor experiência aos nossos clientes”, destacou Rodgerson.
Credibilidade para avançar
A Azul renegociou suas obrigações com mais de 95% de seus arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos originais (OEMs), em um total de cerca de US$ 850 milhões em acordos. Isso resulta em significativa redução de sua dívida em mais de US$ 550 milhões, visando a melhora do seu fluxo de caixa em US$ 100 milhões anuais pelos próximos três anos.
Com os seus bondholders, a empresa anunciou redução adicional de sua dívida em mais de US$ 800 milhões, impactando o fluxo de caixa em US$ 100 milhões anuais devido a redução de pagamento de juros. Esse acordo com os detentores das dívidas também resultará na injeção de US$ 500 milhões de novo capital na companhia.
“Com o respeito que adquirimos no mercado como uma das únicas companhias aéreas do mundo a trabalhar diretamente e amigavelmente com seus stakeholders para se posicionar para o futuro, estou confiante de que vamos decolar e manter nosso ritmo de expansão, oferecendo o melhor retorno a nossos investidores e parceiros”, disse o executivo.