A indústria de autopeças mantém o ritmo acelerado das importações, com R$ 2,14 bilhões registrados em outubro, o que representou aumento de 19% sobre setembro deste ano e crescimento de 35,2% sobre o mesmo mês do ano passado, quando atingiram US$ 1,58 bilhão. De janeiro a outubro deste ano as compras externas acumularam US$ 17,7 bilhões, 10,4% superior aos US$ 15,9 bilhões registrados no mesmo período de 2023, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
No movimento contrário as exportações continuam em declínio, atingindo em outubro US$ 695,6 milhões, retração de 13,6% sobre setembro de 2024 (US$ 805,2 milhões) e queda de 8,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando os embarques somaram US$ 761,6 milhões. No acumulado de janeiro a outubro deste ano as vendas externas atingiram US$ 6,5 bilhões, redução de 15,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando totalizou US$ 7,69 bilhões.
Com esse resultado, o déficit comercial do setor chegou a US$ 11,1 bilhões, aumento de 34,1% em relação ao acumulado de janeiro a outubro de 2023, quanto atingiu US$ 8,29 bilhões.
O Sindipeças destaca que ainda que o movimento externo não seja o ideal para o cenário doméstico, muito do observado está atrelado à boa performance da produção e das vendas no mercado interno. “Conforme a Anfavea, a exportação de autoveículos no período sofreu retração de 7,4%, enquanto a produção e os licenciamentos subiram 8,9% e 15,0%, respectivamente. Além disso, deve-se também à forte crise vivida no principal parceiro comercial do país e ao ritmo mais fraco do setor automotivo em mercados vizinhos.”
Importações
Nas importações provenientes de 192 países de janeiro a outubro deste ano a China se manteve em destaque como um dos principais parceiros comerciais das fabricantes de autopeças, com US$ 3,2 bilhões, 28,3% a mais que nos dez meses de 2023, e a participação foi de 18,2% nas compras totais das empresas.
Em seguida aparece os Estados Unidos, com US$ 1,8 bilhão, montante 7,1% inferior ao período de janeiro a outubro do ano passado, e a participação foi de 10,7%. A Alemanha teve 9,2% de representatividade, com o total de US$ 1,6 bilhão, 4,0% acima de janeiro a outubro de 2023.
O Japão, quarto lugar no ranking, teve 8,3% de participação, com US$ 1,4 bilhão, 7,7% a mais do que no mesmo período do ano anterior, e o México, quinto lugar, garantiu 7,4% de participação, com US$ 1,2 bilhão, aumento de 10,2%.
Exportações
Nas exportações destinadas a 202 países a Argentina aparece como principal parceiro comercial do setor, com 34,3% de participação nas compras do Brasil, mas o montante de US$ 2,2 bilhão, foi 22,2% inferior ao registrado no mesmo período de 2023, quando atingiu US$ 2,8 bilhões.
Os Estados Unidos continuam em segundo lugar no ranking de compras do Brasil com US$ 1,12 bilhão, que garantiu 17,3% de participação, sendo 2,5% inferior a janeiro e outubro do ano passado.
Na sequência aparece o México, que absorveu US$ 773,5 milhões, 2,2% superior ao mesmo período do ano passado, ficando com 11,8% do total, e a Alemanha, que teve 5,3% de participação, com US$ 347,7 milhões, queda de 33,2% sobre janeiro a outubro de 2023.
O Chile aparece em quinto lugar, com US$ 200,04 milhões, aumento de 7,2% em relação aos dez meses de 2023 e 3,1% de participação nas compras de componentes do Brasil, segundo o Sindipeças.