Guerra vai investir R$ 25 milhões nas suas fábricas em 2025

O valor será destinado para melhorar o processo produtivo, o que inclui a aquisição de máquinas de corte e robôs de solda.

(Divulgação: Guerra)

Sonia Moraes

A Guerra se prepara para ampliar a participação no mercado de implementos. Depois de retomar suas operações em 2021 e consolidar a marca em todos os seus portfólios de produto, a empresa definiu que irá investir mais R$ 25 milhões em 2025 para melhorar o processo produtivo, o que inclui a aquisição de máquinas de corte e robôs de solda.

Com o investimento de R$ 60 milhões realizado em 2024 em suas fábricas – duas em Caxias do Sul (RS) e uma em Sumaré (SP) – para a fabricação de eixos próprios e adequação das linhas de montagem, a empresa contabiliza um total de R$ 85 milhões aplicados em seu complexo industrial, segundo informou Ivo Ilário Riedi Filho, CEO da Guerra Implementos, durante a Fenatran.

A estratégia de realizar os investimentos é para tornar suas fábricas flexíveis e adequadas para produzir diversos tipos de implementos rodoviários e estar preparada para enfrentar surpresas como a que ocorreu na área agrícola com a baixa na produção por causa das mudanças climáticas. “O agro deu uma resvalada e as montadoras deixaram de produzir modelos 6×4 e, com o aumento da área industrial, passamos a produzir mais contêineres. Também tivemos aumento da movimentação de carga industrial no e-commerce”, revelou Alves Pereira Junior, diretor executivo comercial da Guerra.

Na fábrica de Sumaré, em São Paulo, a Guerra produz implementos para a área industrial – sider, baú, contêiner, florestal e carrega tudo – e nas duas fábricas de Caxias do Sul faz produtos para o agronegócio – basculante, graneleiro e tanque. Mas neste ano incluiu na fábrica de Caxias do Sul a produção de porta-contêineres e sider porque a unidade de São Paulo não tinha capacidade de suprir a demanda do mercado industrial.

“O investimento que fizemos no ano passado foi para que as fábricas tenham essa versatilidade e consigam trabalhar de acordo com a demanda do mercado, mas estava focado também na exportação”, disse Pereira.

O diretor comentou que este ano foi muito bom para as exportações. “Em 2023, já exportamos muito mais do que a Guerra havia exportado na sua história até 2017, quando ela quebrou. No ano passado foi recorde as exportações e este ano continuamos crescendo. Para o Paraguai, a expectativa era de vender 300 produtos e em dois anos foram 500, a maioria é de implemento para movimentação de granel”, disse Pereira.

A meta da Guerra era ter 5% do faturamento proveniente de vendas ao exterior e este ano deverão representar entre 7% a 8% nos resultados da empresa. “O nosso desafio é ter no mínimo 10% da produção destinada ao mercado externo”, destacou o diretor.

A empresa também está presente no Uruguai, Chile, Peru, Panamá e este ano conseguiu abrir mercado na Argentina por meio de parceria com distribuidor. “Já fechamos uma produção significativa para o próximo ano para a Argentina e já homologamos os produtos através da engenharia”, disse Pereira, destacando que a Argentina é um mercado pujante de sete mil pinus por ano, o que dá mais ou menos um mês de produção no Brasil.

A empresa também está mirando o mercado da Colômbia e da África do Sul, onde os produtos são iguais ao do Brasil, mas a empresa enfrenta dificuldades na Bolívia com a falta de dólar para fazer o pagamento dos produtos.

Mercado interno

Para a Guerra, o ano de 2024 tem sido bastante desafiador, segundo Riedi, por causa da instabilidade do setor agrícola. “O carro-chefe da empresa é o mercado do agronegócio e o implemento para o transporte de granel e o basculante são os produtos do nosso portfólio que foram impactados com a diminuição na produção e na baixa do entusiasmo dos produtores, o que nos fez produzir mais produtos para a área industrial na fábrica de Caxias do Sul”, comentou o CEO.

Mesmo com a instabilidade, a estimativa é crescimento.Segundo Pereira, o volume deverá saltar de sete mil pinus 2023, para 10 mil em 2024 e atingir em torno 12 mil a 14 mil produtos em 2025, dependendo de como o mercado se comportar. “Mas esperamos que seja um crescimento sustentável e duradouro.”

Fenatran

Na Fenatran a Guerra apresentou o novo módulo traseiro de iluminação, com design moderno, faces espelhadas, acabamento black piano e maior quantidade de LEDs em todas as funções para garantir maior segurança e visibilidade. Para os segmentos graneleiro, tanque, furgão carga geral e sider, o novo conceito terá break light de série agregado ao novo módulo.

A empresa também lançou a nova iluminação lateral para aumentar a visibilidade em manobras e condições noturnas. Essa tecnologia garante maior segurança para condutores e pedestres. Além dos novos recursos de iluminação, os equipamentos chegam ao mercado com melhorias significativas como: paralamas envolventes e apara-barro anti spray, que garantem maior segurança com redução na formação de névoa, possibilitando maior visibilidade.

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