Scania prevê que vendas na Fenatran representarão 10% do total anual

A perspectiva é promissora, especialmente considerando que o mercado de caminhões cresceu 15% até setembro; a Scania, em particular, destacou-se com um aumento ainda mais expressivo em suas vendas, que subiram 70%

Aline Feltrin

Com 14 mil caminhões vendidos até setembro e uma projeção de chegar a 20 mil até dezembro, a Scania espera que os negócios realizados na Fenatran representem, ao menos, 10% de todas as vendas realizadas durante o ano. A perspectiva foi fornecida nesta segunda-feira (4) pelo CEO e presidente da Scania Brasil, Simone Montagna, durante a coletiva de imprensa da marca realizada na Fenatran 2024.

Conforme o executivo, a perspectiva ocorre em um momento positivo para o mercado de caminhões, que avançou 15% até setembro, e para a Scania, que viu suas vendas avançarem ainda mais: 70%.“Ao compararmos o Super, por exemplo, com os nossos concorrentes, notamos que a eficiência da nossa solução se destaca”, diz o CEO.

A Scania chega na Fenatran com um arsenal de veículos favoráveis a descarbonização. Uma das novidades é o GH 370 6×2, movido a gás. O modelo chega para complementar a linha de modelos a gás da companhia que foi a pioneira em oferecer caminhões a gás no Brasil. De acordo com a Scania, desde 2019 foram 1.400 vendidos desde 2019. Somente em 2024, a companhia vendeu 400 unidades de veículos com tecnologias alternativas ao diesel, entre eles caminhões movidos a gás e a biodiesel.

Cavalo mecânico elétrico

Além do caminhão a gás, a fabricante sueca lançou oficialmente na Fenatran seu primeiro cavalo mecânico elétrico para o mercado brasileiro. O G 4×2 tem preço estimado de R$ 2,5 milhões estará disponível para encomendas a partir da Fenatran.

Conforme o diretor de vendas de soluções da Scania operações comerciais Brasil, Alex Nucci, já existem unidades em negociação no país com cinco diferentes clientes, sendo uma parte para indústrias e outra para transportadoras. O Brasil é o primeiro país a receber o modelo que é fabricado na Suécia.

Antes do 30 G, a Scania já havia trazido para o Brasil o rígido P25 6×2, que foi o primeiro modelo elétrico da marca. Duas unidades desses veículos estão em operação na PepsiCo desde o primeiro trimestre deste ano, mas outras vendas não avançaram no país.  

A estratégia da Scania, a partir de agora, é investir nas vendas do cavalo mecânico por causa da sua tecnologia mais atualizada que conta com motor central. “Como a produção ainda está ganhando escala na Europa, estamos trazendo apenas os cavalos mecânicos”, diz Nucci. Para 2025, à medida que a produção avançar na Europa, a ideia é importar para o Brasil as versões rígidas e semipesadas, com diferentes trações de 4×2 a 6×4.

Semipesado e fora de estrada

Apesar de ter dobrado suas vendas de semipesados em um ano, a Scania busca aumentar sua participação nesse segmento. Novos motores de 7 litros foram introduzidos no caminhão P 280, disponível nas configurações 4×2 e 6×2, com potência de 280 cv. No segmento fora de estrada, será apresentado o caminhão vocacional P280 6×4 XT, ideal para aplicações que exigem betoneiras e guindastes

Veja também