Em sua edição nº 240, de janeiro de 1984, a reportagem de capa da revista Transporte Moderno, mostrava os planos da Ford para o desenvolvimento do caminhão Cargo, um projeto que prometia transformar o setor de transportes no Brasil.
Na ocasião, o presidente da subsidiária brasileira, Robert Gerrity, anunciava um investimento de US$ 100 milhões. Ele afirmava que “o Brasil apresentava todas as condições necessárias para a fabricação de uma nova linha de caminhões.”
Gerrity destacou a infraestrutura consolidada de fornecedores de autopeças e a disponibilidade de matérias-primas, além de ressaltar a eficiência da mão de obra local, considerada mais barata do que a japonesa ou europeia. “O Brasil é um mercado promissor para a indústria automotiva”, declarou à época.
Motor bicombustível
O lançamento do Ford Cargo ocorreu em 1985, trazendo uma forte concorrência ao tradicional Mercedes-Benz 1113. Os caminhões Cargo foram equipados com motor bicombustível, desenvolvido em parceria com a MWM. Essa inovação permitia uma mistura de 80% de diesel e 20% de álcool, alinhando-se às necessidades do mercado brasileiro.
A reportagem também destacou os avanços na engenharia local. Sob a direção do engenheiro Luc de Ferran, a equipe brasileira estudava a nova tecnologia de carga estratificada, ainda em fase experimental na Europa, que prometia aumentar a eficiência energética dos motores pesados. O grande desafio da Ford, no entanto, era criar um produto que atendesse aos padrões de qualidade internacionais, em um mercado que ainda lutava para absorver a escala pretendida pela montadora.
Para ler a reportagem completa, acesse a edição nº 240 no acervo da OTM Editora. (clique aqui).
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