Na edição nº 238 da revista Transporte Moderno, publicada em novembro de 1983, uma reportagem especial flagrou o cavalo mecânico Mercedes-Benz LS-1932 sendo preparado para seu lançamento no mercado, que aconteceria alguns meses depois.
O cavalo mecânico, com capacidade para 45 toneladas, chegava para enriquecer a linha de caminhões da montadora de origem alemã. Equipado com um potente motor que oferecia 320 cv de tração, essa performance foi possível graças à implementação do intercooler. Esse equipamento, que altera a potência do motor turbinado originalmente projetado para 290 cv, também contribuiu para uma mistura de ar e combustível mais eficiente, resultando em uma significativa economia de combustível.
A introdução do intercooler, um radiador suplementar responsável por resfriar o ar do turboalimentador, permitiu uma maior entrada de ar por volume. No entanto, essa inovação também trouxe mudanças no design do LS-1932, que se diferenciava consideravelmente dos modelos anteriores, o LS 1929 e o LS 1924. Para acomodar o intercooler, o capô do caminhão precisou ser elevado, embora uma fonte da fábrica tenha garantido que o protótipo fotografado pela revista ainda passaria por modificações até chegar à versão final.
Motor de 6 cilindros
Uma das principais preocupações da Mercedes-Benz na época era garantir o conforto do motorista. O interior da cabine foi projetado para oferecer uma experiência de condução mais confortável, incluindo um beliche aprimorado. Contudo, uma fonte interna destacou que “a cabine foi feita à mão e, portanto, estaria longe de ser a versão definitiva da série”.
O motor do LS 1932 seria o mesmo 0-355 de 6 cilindros, agora com a adição do intercooler. Embora a potência de 320 cv fosse uma estimativa, os técnicos da Mercedes ainda estavam em fase de medições em campo e testes de bancada. “Certamente estará em torno de 320 cv, ou bem próximo disso”, afirmaram à época,
O LS 1932 apresentaria tração 6×4, utilizando eixos tratores da série HL-7, os mesmos do modelo 1929. “A vantagem de utilizarmos esses eixos é que, além de sua inegável eficiência, são praticamente 100% nacionalizados”. Com isso, o preço final do equipamento não sofreria aumentos significativos, permitindo à Mercedes oferecer o veículo a um preço mais acessível.
Para ler a reportagem completa, acesse a edição nº 238 de 1983 no acervo da OTM Editora. (clique aqui).
LEIA MAIS
Nostalgia do transporte: Há 49 anos, a Kibon começava a usar o computador para gerenciar a frota