A aviação comercial brasileira teve uma contribuição significativa para a economia em 2023, gerando R$ 81 bilhões para o Produto Interno Bruto (PIB), o que representa um crescimento de 3,8% em relação ao ano anterior. Esses dados foram revelados no novo Panorama da Aviação, publicado pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), durante a ABAV Expo 2024, em Brasília.
O relatório traz indicadores atualizados sobre a aviação, incluindo a movimentação de cargas. No primeiro semestre de 2024, o transporte de cargas aéreas já superou os níveis de 2019, com um crescimento de 7,3% nas operações internacionais e 0,6% nas operações domésticas. Este aumento é um reflexo da recuperação do setor e da expansão da demanda.
Além da contribuição direta para o PIB, a aviação também gerou R$ 34,7 bilhões em salários e R$ 25,4 bilhões em tributos em 2023. O número de empregos formais no setor atingiu 52.214, um aumento de 7,69% em relação a 2022.
A ABEAR destacou que a aviação comercial está se tornando cada vez mais relevante na geração de empregos e na arrecadação de tributos em diversas regiões do Brasil. O Panorama também oferece uma análise detalhada da oferta de assentos, que já supera os níveis pré-pandemia.
A demanda no mercado doméstico cresceu 3% em comparação com 2019, enquanto a oferta de assentos-quilômetros aumentou em 5,9%. Em contrapartida, a recuperação do mercado internacional ainda está em andamento, com a demanda apenas 1,2% abaixo dos níveis de 2019.
Desafios e oportunidades
A presidente da ABEAR, Jurema Monteiro, ressaltou a importância do Panorama para entender os desafios e oportunidades do setor. “A aviação gera emprego, renda e bem-estar social, além de ser fundamental para o desenvolvimento econômico do país,” afirmou.
O novo formato digital da publicação permite acesso a dados atualizados periodicamente, facilitando a consulta a indicadores como variação do câmbio, preços do querosene de aviação (QAV) e tarifas médias. Esses dados mostram que, apesar das pressões de custo, a tarifa média real aumentou apenas 11% de janeiro de 2018 a junho de 2024, demonstrando os esforços das companhias em não repassar integralmente os custos aos consumidores.
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