O preço médio do frete por quilômetro rodado encerrou o mês de agosto em R$ 6,36, um aumento de 0,47% em relação a julho, conforme dados do Índice de Frete Edenred Repom (IFR). Esse reajuste segue a atualização dos pisos mínimos de frete para o transporte rodoviário de cargas, promovida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em meados de julho.
O IFR IFR é baseado em 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio, administradas pela Edenred Repom, que é líder no setor de gestão de despesas para o transporte rodoviário de carga no Brasil.
O diretor da Edenred Repom, Vinicios Fernandes, afirmou em nota que o impacto do reajuste na tabela foi moderado em julho, com uma variação de apenas 0,31%. Contudo, em agosto, a alta foi mais acentuada, embora ainda dentro de uma margem controlável.
O aumento no preço do diesel, que compõe cerca de 40% do custo total do frete, também contribuiu para essa elevação. Em agosto, o preço médio do diesel comum foi de R$ 6,10, com um crescimento de 1%, enquanto o diesel S-10 subiu para R$ 6,18, uma alta de 0,16% em comparação a julho.
Crise hídrica
A crise hídrica que afeta a produção de grãos no Brasil também é um fator relevante. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção de grãos para 2023/24 será de 298,6 milhões de toneladas, uma redução de 6,6% em relação ao ciclo anterior. Essa diminuição na produção pode impactar a quantidade de carga a ser transportada e a eficiência das operações de frete.
Fernandes alerta que a tendência de alta no preço do frete, que se iniciou em maio, pode continuar nos próximos meses. “A redução na produção de grãos pode resultar em uma menor quantidade de carga a ser transportada, o que, por sua vez, afetará a cadeia de suprimentos e pode refletir nos preços do frete”, afirmou.
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