Em uma movimentação significativa para o setor de infraestrutura rodoviária, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um apoio financeiro de R$ 10,75 bilhões à Concessionária do Sistema Rio-São Paulo SA (CCR), nova operadora da Via Dutra e da Rio-Santos. Este valor será liberado gradualmente ao longo de sete anos, conforme os investimentos forem realizados.
A operação foi anunciada em uma cerimônia em São José dos Campos, nesta sexta-feira, 19, que contou com a presença de figuras importantes como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A estrutura financeira da operação aprovada pelo BNDES inclui a maior emissão de debêntures incentivadas da história do Banco, no valor de R$ 9,41 bilhões, que também conta com R$ 500 milhões em debêntures verdes. Além disso, está previsto um crédito direto de R$ 1,34 bilhão.
O projeto totaliza R$ 15,5 bilhões em investimentos, o maior valor entre todas as concessões rodoviárias federais, com potencial de gerar 40 mil empregos durante a fase de implantação e mais de 3 mil postos de trabalho após a conclusão das obras que incluem recuperação, ampliação de capacidade e melhorias da malha rodoviária concedida de 625,8 km, formada pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116 RJ/SP), principal corredor logístico do país, no trecho de 355,5 km entre os municípios de São Paulo (SP) e Seropédica (RJ), e pela Rodovia Rio-Santos (BR-101 RJ/SP), nos 270,3 km entre os municípios do Rio de Janeiro (RJ) e Ubatuba (SP).
São 10 praças de pedágio na concessão: sete na Dutra e três no trecho referente à BR-101. O projeto conecta 34 municípios, incluindo as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, os dois maiores polos econômicos do país, com 60 milhões de pessoas, que respondem por 41% do PIB do Brasil.