Estudo da USP mostra que podem faltar 4 mil profissionais de cabotagem até 2030

Projeção é feita considerando diferentes aspectos, como a falta de ação da Marinha na formação de novos profissionais e a implementação de novos projetos de instalação de usinas eólicas offshore

Um estudo desenvolvido em parceria entre o Centro de Inovação de Logística e Infraestrutura Portuária da Universidade de São Paulo (USP)Fundação Vanzolini mostrou que, até 2030, podem faltar cerca de 4 mil profissionais de cabotagem e de apoio marítimo. Em entrevista à Rádio USP, o ccoordenador do estudo e professor do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica (Poli) da universidade, João Ferreira Netto, explicou que a projeção é feita considerando diferentes aspectos, como a falta de ação da Marinha na formação de novos profissionais e a implementação de novos projetos de instalação de usinas eólicas offshore (no mar).

“Esse cenário, tanto da cabotagem quanto do apoio marítimo, são mercados que vêm crescendo. A cabotagem tem a questão da BR do Mar, que a qualquer momento pode sair do papel e trazer um avanço significativo para o setor, e o apoio marítimo, além da questão da produção de petróleo. Também existe uma tendência de crescimento muito grande em função das eólicas offshore, que também vai demandar tanto das embarcações de cabotagem quanto de apoio marítimo, uma determinada quantidade, prevista em lei, de profissionais e oficiais de marinha mercante brasileiros”, afirma. Ele ainda comenta que a Marinha é a responsável pela formação desses profissionais, mas as vagas não têm acompanhado o aumento da demanda por profissionais e oficiais de marinha mercante.

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