ANP autoriza comercialização de óleo combustível marítimo com 24% de biodiesel

O teste final, com 24% de biodiesel, confirmou a ausência de problemas e registrou uma redução de cerca de 19% nas emissões em comparação ao combustível sem conteúdo renovável

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizou a comercialização de óleo combustível marítimo (bunker) com 24% de biodiesel, como havia sido solicitado pela Petrobras. Esta é a primeira autorização concedida pela ANP para a comercialização contínua de bunker com conteúdo renovável para uso em navios.

Entre setembro de 2022 e janeiro de 2024, a Petrobras conduziu testes em navios utilizando bunker com adição de biodiesel em proporções variando de 10% a 24%, com autorização da ANP. Os resultados demonstraram que não houve problemas no funcionamento dos motores e outros sistemas operacionais dos navios, além de uma redução nas emissões de gases de efeito estufa.

Segundo comunicado da ANP, o teste final, com 24% de biodiesel, confirmou a ausência de problemas e registrou uma redução de cerca de 19% nas emissões em comparação ao combustível sem conteúdo renovável. A mistura será realizada no terminal, a partir de bunker e biodiesel, conforme suas especificações vigentes, sem alterações previstas nos combustíveis dos produtores.

Esta medida está alinhada à estratégia adotada em 2023 pelos estados membros da Organização Marítima Internacional (IMO), incluindo o Brasil, que visa zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa provenientes do transporte marítimo até 2050. Em conformidade, a International Organization for Standardization (ISO) na mais recente edição de sua norma ISO 8217, em maio deste ano, permite o uso de 100% de biodiesel na navegação.

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