Vale e Komatsu desenvolvem caminhões bicombustíveis com a Cummins

Em 2020, a Vale anunciou um investimento entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões para reduzir suas emissões diretas e indiretas em 33% até 2030

A Vale e a Komatsu firmaram um acordo inovador para desenvolver e testar, em parceria com a Cummins, caminhões fora de estrada bicombustíveis, movidos a uma mistura de etanol e diesel. Este será o primeiro projeto no mundo a utilizar etanol em caminhões de grande porte, com capacidade entre 230 e 290 toneladas.

A Vale e a Komatsu firmaram um acordo para desenvolver e testar, em parceria com a Cummins, caminhões fora de estrada bicombustíveis, movidos a uma mistura de etanol e diesel. Este será o primeiro projeto no mundo a utilizar etanol em caminhões de grande porte, com capacidade entre 230 e 290 toneladas.

O Programa Dual Fuel, iniciado por essa colaboração, visa ajudar a Vale a atingir suas metas de reduzir as emissões de carbono dos escopos 1 e 2 em 33% até 2030 e zerar suas emissões líquidas até 2050. O programa se concentra na conversão dos motores a diesel atuais para uma mistura de etanol e diesel, o que tornará os caminhões mais sustentáveis. Os veículos adaptados utilizarão até 70% de etanol na mistura, com uma redução nas emissões diretas de CO2 de até 70% em relação aos movidos exclusivamente a diesel.

Nos próximos dois anos, o projeto prevê o desenvolvimento, testes e implantação dos motores bicombustíveis pela Cummins. As emissões de diesel das operações de mina representam 15% das emissões diretas de CO2 da Vale, sendo que os caminhões fora de estrada são os maiores consumidores de diesel e emissores. A escolha pelo etanol é justificada pela ampla adoção deste combustível no Brasil e sua rede de fornecimento estabelecida.

“Temos que aproveitar a vantagem competitiva do Brasil em biocombustíveis, já que somos um dos maiores produtores mundiais de etanol,” afirma a diretora de Energia e Descarbonização da Vale, Ludmila Nascimento. “Com essa parceria, podemos reduzir nossas emissões diretas até 2030 com uma solução competitiva e contribuir para fortalecer a indústria de baixa emissão no Brasil.”

Em 2020, a Vale anunciou um investimento entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões para reduzir suas emissões diretas e indiretas em 33% até 2030, com o objetivo de zerar as emissões líquidas de carbono até 2050, em linha com o Acordo de Paris. A empresa também se comprometeu a reduzir em 15% as emissões líquidas de sua cadeia de valor até 2035.

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