A movimentação portuária no Rio Grande do Sul registrou uma queda significativa de 24% em maio deste ano, conforme dados do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). Esse declínio é atribuído ao estado de calamidade pública que afetou a região. A redução abrange tanto os portos públicos quanto os Terminais de Uso Privado (TUPs).
Dos três portos públicos da região, o Porto de Porto Alegre relatou à ANTAQ que não houve desatracação em maio, resultando em uma completa ausência de movimentação. O Porto de Rio Grande movimentou 1,67 milhão de toneladas de carga, uma queda de 13,18% em comparação com o mesmo período de 2023. Já o Porto de Pelotas teve uma redução ainda mais acentuada de 44,99%, com movimentação de apenas 0,38 milhão de toneladas.
Para amenizar os efeitos das enchentes, a ANTAQ implementou diversas medidas, incluindo a prioridade para embarcações, isenção tarifária para o envio de donativos, autorização para movimentação e armazenagem de cargas distintas de contratos existentes, e suspensão da contagem de livre estadia.
Desempenho nacional
Em maio, o setor portuário brasileiro como um todo apresentou uma queda de 3,48%, com movimentação de 110 milhões de toneladas, refletindo em parte o recuo no Rio Grande do Sul. Em maio de 2023, a movimentação havia atingido 114,01 milhões de toneladas. No entanto, de janeiro a maio de 2024, a movimentação portuária acumulada cresceu 4,14% em relação ao ano anterior, totalizando 525,3 milhões de toneladas de cargas.
Entre as principais mercadorias movimentadas em maio, os cereais registraram um crescimento de 35,24%, o açúcar aumentou 28,52%, e ferro fundido, ferro e aço cresceram 11,89%. As cargas conteinerizadas movimentaram 12,33 milhões de toneladas, um aumento de 14,61% em relação ao mesmo período do ano passado, representando 1,10 milhão de TEUs.