A Continental, companhia que desenvolve tecnologias e serviços em mobilidade, é uma das empresas já habilitadas ao programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Para este ano, a meta da Continental é investir valores expressivos em pesquisas e desenvolvimento no Brasil. O foco maior da empresa é o desenvolvimento de produtos para veículos pesados, pela importância que trazem para o Brasil. Os benefícios fiscais podem variar de 50% a 270% sobre os valores de investimentos.
Para o diretor da área de negócios veículos comerciais e aftermarket, Ricardo Rodrigues, a Continental sai na frente, pois a tecnologia embarcada nos componentes fabricados possibilita a adequação também para veículos híbridos e elétricos. Segundo ele, o principal desafio tem sido mostrar para a matriz que a produção de componentes no Brasil faz sentido.
“O Programa Mover é importante, relevante e necessário para todos da indústria, além de trazer benefícios para a engenharia e para a produção de novas tecnologias. Entretanto, é preciso que seja de longo prazo e que haja uma mudança estrutural internamente, como a reforma tributária.”
Conforme Rodrigues, as empresas de componentes no Brasil precisam voltar a ser um polo de produção e exportação, ter mais relevância mundial na cadeia de fornecimento automotivo e assim poder gerar mais empregos.
O diretor financeiro do Grupo Automotivo na Continental, Paulo Lins, complementou que o incentivo do Mover reduzirá o pagamento de impostos e aumentará a geração de caixa das empresas instaladas no Brasil. “A quantia poderá ser reinvestida em aumento de eficiência e novas linhas. A meta de investimentos da Continental em pesquisa e desenvolvimento em autopeças e soluções segue um escalonamento anual e, até 2029, deve chegar a 3% do faturamento bruto”.
