Sonia Moraes
A indústria de autopeças fechou o primeiro quadrimestre com déficit de US$ 4,1 bilhões na balança comercial, resultado 20,9% superior ao saldo negativo de US$ 3,4 bilhões registrados no mesmo período de 2023, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). Em abril, o déficit de US$ 1,17 milhão foi 43,4% superior ao mesmo mês de 2023.
O saldo negativo nos quatro meses deste ano ocorreu porque as importações apresentaram desempenho positivo e atingiu US$ 6,6 bilhões, 5,1% superior ao mesmo período do ano anterior (US$ 6,2 bilhões). Em abril as importações de US$ 1,8 bilhão foi 4,6% maior do que março deste ano (US$ 1,1 bilhão) e superou em 18,8% abril de 2023, quando totalizou US$ 1,5 bilhão, segundo o Sindipeças.
Nas exportações houve queda de 13,4%, com o embarque de US$ 2,5 bilhões, ante os US$ 2,8 bilhões exportados no mesmo período de 2023. O Sindipeças atribuiu essa retração à difícil situação da Argentina que vem afetando as vendas do setor.
Em abril, as exportações de US$ 680,9 milhões foi 4,6% superior aos US$ 650,8 milhões exportados em março deste ano, mas em relação a abril de 2023 (US$ 741,3 milhões) a retração foi de 8,2%.
Exportações
Nas exportações destinadas para 187 países no primeiro quadrimestre deste ano a Argentina foi o destaque, com US$ 830,9 milhões, 20,2% inferior ao mesmo período de 2023 e a participação foi de 33,2%, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 438,7 milhões, 2,1% abaixo dos quatro primeiros meses de 2023 e 17,5% de participação.
Na sequência aparece o México, que absorveu US$ 310,6 milhões, 12,8% superior ao mesmo período do ano passado, ficando com 12,4% do total, e a Alemanha, que teve 5,8% de participação, com US$ 144,6 milhões, queda de 34,2% sobre janeiro a abril de 2023. A Colômbia aparece em quinto lugar, com US$ 75,6 milhões, redução de 37% sobre o primeiro quadrimestre de 2023 e 3% de participação nas compras de componentes, segundo o Sindipeças.
Importações
No total de componentes importados de 150 países no primeiro quadrimestre de 2024, a China se mantém em destaque com US$ 1,15 bilhão, 21,5% a mais que no acumulado de janeiro a abril de 2023, e a participação foi 17,5% nas compras totais das empresas, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 722,5 milhões, retração de 5,2% em relação ao primeiro quadrimestre do ano passado e 10,9% de participação.
A Alemanha teve 9,4% de representatividade, com o total de US$ 619,7 milhões, 6,7% inferior aos quatro primeiros meses de 2023. O Japão, que aparece em quarto lugar no ranking, teve 8,6% de participação, com US$ 567,2 milhões, 8,2% a mais do que no mesmo período do ano anterior, e o México, quinto lugar, assegurou 7,3% de participação, com US$ 483,7 milhões, 1,1% inferior a janeiro e abril de 2023.
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