Déficit do setor de autopeças pode atingir US$ 11,97 bilhões em 2024

As importações poderão atingir US$ 20,09 bilhões, 7% superior aos US$ 18,77 bilhões registrados em 2023, e as exportações alcançarão US$ 8,12 bilhões, 10% inferior aos US$ 9,02 bilhões registrados no ano passado, segundo o Sindipeças

Sonia Moraes

O déficit da indústria de autopeças poderá atingir US$ 11,97 bilhões em 2024, com crescimento de 22,7% em relação ao saldo negativo de US$ 9,75 bilhões registrados em 2023, segundo projeção do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

O aumento do saldo negativo esperado para este ano deve-se às perspectivas de movimento maior nas importações, que poderão atingir US$ 20,09 bilhões neste ano, resultado 7% superior aos US$ 18,77 bilhões registrados em 2023, enquanto as exportações alcançarão US$ 8,12 bilhões, 10% inferior aos US$ 9,02 bilhões exportados no ano passado.

Investimentos e faturamento

Os investimentos programados pelas fabricantes para este ano são de R$ 6,20 bilhões, 6,5% superior aos R$ 5,82 bilhões investidos em 2023. “E há fortes possibilidades de aumentar nos próximos meses”, disse Cláudio Sahad, presidente Sindipeças.

O faturamento estimado para 2024 é de R$ 249,5 bilhões, o que representará um crescimento de 4,0% em relação a 2023, que atingiu R$ 239,9 bilhões, 3,4% inferior a 2022 (R$ 248,4 bilhões). As montadoras deverão contribuir com 61,1% aos resultados, o mercado de reposição com 22,3% e as exportações com 13,5%.

As projeções do Sindipeças indicam que as empresas devem apresentar melhora no número de postos de trabalho este ano, com 288,9 mil empregados, elevação de 2% em relação aos 283,2 mil trabalhadores registrados em 2023.

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