Mover é aprovado pela Câmara e será analisado pelo Senado

O Mover é um programa federal que prevê, entre outras medidas, créditos financeiros para quem investir em pesquisas, desenvolvimento e produção tecnológica que contribuam para a descarbonização da frota de carros, ônibus e caminhões

O plenário da Câmara aprovou ontem (28) o Projeto de Lei 914/2024 que cria o programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover)

O plenário da Câmara aprovou ontem (28) o Projeto de Lei 914/2024 que cria o programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover). O texto seguiu para o Senado, que deverá analisar a proposta nesta quarta-feira (29). Após dias de negociação, a cúpula da Câmara fechou um acordo com o Palácio do Planalto para prever que o projeto estabeleça uma alíquota de cobrança de 20% sobre itens importados até o valor de US$ 50. Atualmente, importações de até US$ 50 são isentas de impostos.

O Mover é um programa federal que prevê, entre outras medidas, créditos financeiros para quem investir em pesquisas, desenvolvimento e produção tecnológica que contribuam para a descarbonização da frota de carros, ônibus e caminhões. Podem se habilitar no programa empresas que produzam ou tenham projeto de desenvolvimento no Brasil. Uma vez habilitadas, as empresas podem apresentar seus projetos e requisitar os créditos proporcionais aos investimentos – que variam de R$ 0,50 a R$ 3,20 por real investido acima de um patamar mínimo.

Quanto maior o conteúdo nacional de inovação presente nas etapas produtivas, maior o crédito. A busca por mercados externos também resulta em incentivos adicionais. Caso não realize os investimentos
previstos, a empresa é desabilitada e tem de devolver os recursos recebidos.

O Mover prevê um total de R$ 19,3 bilhões de créditos financeiros entre 2024 e 2028, que podem ser usados pelas empresas para abatimento de impostos federais em contrapartida a investimentos realizados em pesquisa, desenvolvimento e em novos projetos de produção. Também prevê a criação do Fundo Nacional para Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT), cujos recursos devem ser aplicados em programas prioritários para o setor de autopeças e demais elos da cadeia automotiva.

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