Frotas Conectadas: Tegma avança com cegonheira eletrificada

O caminhão elétrico é fruto de um retrofit e já percorreu 100 quilômetros. A meta é chegar até o Paraguai ainda neste ano

Aline Feltrin

Desde o final do ano passado, a Tegma, uma das principais operadoras logísticas do Brasil, tem feito progressos com sua cegonheira elétrica, com aproximadamente 100 quilômetros percorridos até o momento. O plano da empresa é aumentar para 500 quilômetros até o final do primeiro semestre deste ano. A informação foi divulgada pelo gerente de Inovação da Tegma, José Carlos de Souza, nesta quarta-feira (22), durante o evento Frotas Conectadas.

Segundo o executivo, a ideia é sair com a cegonheira da unidade de São Bernardo do Campo (SP) e chegar até a unidade de São José dos Pinhas, em Curitiba (PR). Para isso, a operadora logística está providenciando um ponto de carregamento no seu pátio paranaense.

Após concluir essa etapa, a meta é que o veículo chegue até o Paraguai para a entrega dos automóveis da General Motors, um dos principais clientes da Tegma. Além da eletrificação, a empresa já começa e vislumbrar a possibilidade de adquirir caminhões movidos a gás.

Primeiras impressões

O caminhão elétrico VW Constellation da Tegma é fruto de um retrofit em parceria com a Plug.in Mobility. O conceito consiste em converter a propulsão de diesel para totalmente elétrica.

Segundo o executivo da Tegma, trata-se de projeto-piloto, com potencial para expansão futura. “A eletrificação ainda está em sua fase inicial, sendo um ponto focal no hub da inovação, visando compreender plenamente a operação”, explicou.

De acordo com Souza, a empresa está em processo de aprendizado operacional ao longo do trajeto. Ele revelou que questões como infraestrutura e adaptação do comportamento do motorista estão sendo avaliados. “Conduzir um caminhão elétrico difere significativamente de um movido a diesel, especialmente em termos de aceleração, que é constante e impacta diretamente na autonomia do veículo.”

Por isso, a colaboração com a Plug.in é fundamental, não apenas para fornecer suporte aos motoristas, mas para discutir questões de infraestrutura. “Enfrentamos desafios, como lidar com carretas de 5 metros de altura e 23 metros de comprimento, o que torna nosso modelo complexo por natureza.”

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