Redação
A falta de alguns insumos no mercado é um problema que ainda não foi superado no setor de transporte de cargas. Na época da pandemia do Covid-19, essa era uma questão recorrente. Mas, hoje, ainda pesa na operação das empresas. Segundo um estudo do Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC) encomendada pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), 72% das companhias consultadas relataram essa dificuldade para comprar determinados itens.
Além disso, o levantamento mostrou que 78% das transportadoras tiveram aumento dos custos no ano passado. O diesel, pneus e contratação de terceiros estão no topo da lista de tópicos inflacionados.
Dados publicados pelo Setcesp em 2022 mostram que o diesel é um dos maiores custos da área de insumos da atividade de transporte. Para algumas transportadoras pode representar 50%, a depender do tipo de operação.
Preço do diesel
Segundo informações do IPTC, a formação do custo do frete é afetado pelo alto custo dos insumos, o que fomenta um exercício diário para criação de tabelas competitivas no mercado, uma forma de não repassar o aumento para o cliente.
Embora a pesquisa tenha mostrado custos elevados do diesel em 2023, a boa notícia é que, neste ano, a inflação desse item está mais controlada. Segundo o levantamento do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), em fevereiro o litro do diesel comum foi comercializado a R$ 6,00 e o do tipo S-10 a R$ 6,13 no mês, ambos com um aumento de apenas 0,05% em comparação com janeiro. No entanto, o controle do preço do combustível fez o valor do frete por km rodado cair 1,1%, segundo o Índice de Frete Edenred Repom (IFR).
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